Nesta quinta-feira (24), Edmundo González Urrutia, principal candidato opositor de Nicolás Maduro, lamentou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) de cancelar o envio de uma missão à Venezuela.

Segundo González, a decisão do TSE foi “um sinal ruim”, disse ao lado da líder opositora María Corina Machado.

O TSE desistiu de enviar observadores para as eleições da Venezuela em resposta às acusações do presidente Nicolás Maduro.

Maduro levantou suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro. Além disso, afirmou que o sistema de votação usado no Brasil “não é auditado”.

Em nota, o tribunal reforçou que garante transparência, eficiência e segurança durante todo o processo eleitoral:

“A auditoria e fiscalização dos sistemas eleitorais ocorrem antes, durante e após eleição”, disse a Corte.

Além disso, destacou que: “Em face das declarações falsas contra as urnas eletrônicas brasileiras, que, ao contrário do que afirmado pelas autoridades venezuelanas, são auditáveis ​​e seguras, o Tribunal Superior Eleitoral não enviará técnicos para atender convite feito pela Comissão Nacional Eleitoral daquele país para acompanhar o pleito do próximo domingo”.

Adicionalmente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu assombro com a fala de Maduro sobre um possível “banho de sangue” em caso de derrota nas urnas.

Ele reiterou que Maduro tem que respeitar os resultados.

Por fim, Maduro disse, após a repercussão da declaração de Lula: “Que tome um chá de camomila”.

Essas trocas de farpas, entre os presidentes, podem ser preocupantes, já que o Brasil e a Venezuela têm relações em áreas essenciais como segurança, comércio e meio ambiente.

Eleições na Venezuela

Milhões de venezuelanos deverão ir às urnas neste domingo (28). Com isso, o movimento de oposição desafia Nicolás Maduro, que governa a Venezuela desde 2013.

Segundo estimativas, o ex-diplomata Edmundo González Urrutia é o candidato com mais chances de vitória contra Nicolás Maduro no pleito.

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