Nesta quarta-feira, 10, uma cachorra foi levada à Prefeitura de Florianópolis para ‘assinar’ um projeto de lei sobre a leishmaniose visceral, doença que atinge cães e humanos.
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A cadela chamada de ‘Many’ é da vereadora Priscila Fernandes (Podemos), autora do projeto. A proposta prevê que tutores de baixa renda que optarem por tratar o animal recebem do município o medicamento necessário.
A doença é transmitida pelo mosquito-palha infectado. A leishmaniose não tem cura e o cão doente, mesmo em tratamento, continua sendo portador, informou a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive).
Dessa forma, o mosquito, ao picá-lo, fica infectado e pode transmitir o protozoário causador da moléstia para outros cães e pessoas.
Em humanos, ainda segundo a Dive, a doença pode evoluir para a morte. Porém, não foram registrados óbitos de pessoas por leishmaniose visceral em Santa Catarina.
Florianópolis é a única cidade do estado a ter transmissão da doença dentro do próprio município. Foram registrados quatro casos, segundo a Dive: três em 2017 e um este ano.
Many teve a pata carimbada no documento, que será enviado à Câmara de Vereadores. A proposta precisa ser votada em plenário.
A secretária-adjunta da Casa Civil de Florianópolis, Karoline Grando, confirmou que a ‘assinatura’ da cachorra não tem valor jurídico.
“Foi uma ideia bacana que encontramos para dar mais visibilidade ao tema e divulgar o projeto de lei. O projeto foi assinado pelo prefeito [Gean Loureiro] e pelo Secretário Municipal da Casa Civil [Everson Mendes], e agora vai à Câmara Municipal, para votação”, disse.
Assista o momento da ‘assinatura’:
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