A estudante brasileira Maria, de 11 anos, sentiu na pele a violência que a família tentou evitar ao trocar o Rio de Janeiro por Portugal.

A criaça é a mais recente vítima das crescentes agressões em escolas públicas do país. Os golpes foram filmados, veiculados nas TVs portuguesas e compartilhados na velocidade dos socos e pontapés que recebeu de outra aluna.

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Segundo a mãe, Antônia Melo, a filha não recebeu qualquer apoio por parte dos responsáveis pela instituição de ensino. Antônia também conta que já prestou queixa na polícia por outro motivo, “durante as férias de Natal ela foi ameaçada e diziam que a odiavam e que ela devia se matar”.

“Deixei o Brasil por causa da violência e não esperava, nem eu nem a minha filha, vir a passar por uma situação destas”, declarou, segundo a publicação portuguesa Jornal de Notícias.

A estudante brasileira chegou a frequentar aulas alguns dias, mas parou de ir. Ela contou que está bem, mas sente medo de ir à escola e ser agredida novamente, porque tem recebido a culpa pela dimensão que o episódio ganhou.

A família já definiu que Maria será transferida de escola e ainda vai decidir se mudam de cidade.

“Estou bem, graças a Deus. Senti muitos olhares e fiquei um pouco mal. As alunas me culparam por minha mãe tentar me proteger e falaram que não deveria ter feito denúncia. Os professores me apoiaram, se preocuparam bastante, mas as alunas continuavam implicando um pouco”, contou Maria.

Questionada se sentia medo que a agressão se repetisse, respondeu: “Sim, tenho medo, sim”.

A perseguição continuou fora da escola. No dia do Natal de 2021, Maria recebeu mensagens no WhatsApp de uma aluna, que incitava a brasileira ao suicídio. Em outra mensagem, a agressora virtual dizia que ninguém na turma a amava e todos queriam que morresse.

Imagem: Reprodução/Arquivo Pessoal

A mãe garante que o diretor da Escola Básica Ruy D’Andrade foi informado e agendou reunião, que seria no dia da agressão, mas não chegou a acontecer.

Veja o vídeo:

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