Claudiele Santos da Silva, maquiadora e cabelereira, foi presa junto da família e funcionários do salão Belle Femme, após a morte de Djidja Cardoso, relacionada à “seita religiosa” com uso de Cetamina.

Ela conseguiu, na Justiça, reverter a prisão preventiva para domiciliar na última quarta-feira (5). Nesta quinta (6), Claudiele Santos concedeu entrevista onde afirma que “não existe seita religiosa”.

“Nunca participei de nada disso, não existia seita nenhuma. A Djidja Cardoso e Cleusimar eram minhas patroas. Eu trabalhava dentro do salão de beleza, o Belle Femme, e só ia à casa deles para atender como cabelereira e maquiadora”, argumenta.

Ao questionar o motivo de ter sido presa, ela rebate: “somos dois que queremos saber”. Claudiele Santos ainda revela que os celulares dos envolvidos estão com a polícia e que não há evidências que relacione ao crime.

“Nunca teve nada dentro dos salões de beleza. As ampolas que estavam dentro do salão eram de shampoo e condicionador, somente isso. Esse é o momento crucial para mim com minhas filhas. […] Nunca fiz nada que eu possa me envergonhar, nunca fiz nada que possa envergonhar minha carreira. Nunca fiz nada que manchasse minha imagem e das minhas filhas”, completa a maquiadora.

Entenda o que aconteceu com Djidja Cardoso

Dilemar Cardoso Carlos da Silva, conhecida como Djidja Cardoso, atuou como Sinhazinha do Boi Garantido no Festival de Parintins de 2016 a 2020.

Em 28 de maio, Djidja foi encontrada morta pelos familiares, aos 32 anos. Após seu falecimento, surgiram acusações de tráfico de drogas, formação de quadrilha e até abuso sexual de vulneráveis.

Em resposta, a Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) iniciou a Operação Mandrágora para investigar o caso. Parte da apuração focou na suposta seita “Pai, Mãe, Vida”, alegadamente liderada pela família de Djidja. A PC-AM informou que a investigação estava em curso desde abril.

Cleusimar Cardoso, mãe de Djidja, foi presa em 30 de maio, com drogas encontradas até em suas partes íntimas. Ademar Cardoso, irmão de Djidja, e três funcionários dos salões de beleza da família também foram detidos.

Em 31 de maio, o Tribunal de Justiça do Amazonas manteve as prisões dos membros da família Cardoso e dos funcionários.