Centenas de garimpeiros invadiram a cidade de Humaitá (a 590 quilômetros de Manaus) na última terça-feira (14). Eles incendiaram pneus, ameaçaram invadir prédios públicos, incluindo a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai).

A ameaça surgiu em resposta a uma ação da Polícia Federal que destruiu embarcações e equipamentos nas comunidades próximas ao município naquele dia.

A operação visava combater garimpeiros que operavam ilegalmente no rio Madeira, no sul do Amazonas. Como resultado, houve a queima de aproximadamente 50 balsas utilizadas na dragagem de ouro.

Os manifestantes bloquearam a rodovia para evitar a chegada de reforços policiais, impediram os bombeiros de conter o fogo e ameaçaram invadir tanto o prédio da Funai, quanto o campus da Universidade Estadual do Amazonas (UEA).

O prefeito de Humaitá, Dedei Lobo (PSC), cancelou a festa de aniversário da cidade. Ele expressou “solidariedade aos trabalhadores” e discordância com as operações policiais em curso.

Apesar da situação de tensão no município, a situação atual é controlada. A polícia já realizou a liberação da rodovia bloqueada e as ameaças seguem monitoradas.

Vale lembrar que a Comissão de Meio Ambiente (CMA) do Senado Federal aprovou um projeto de lei destinado a combater o garimpo ilegal de ouro no Brasil. O PL 836/2021 estabelece normas para a comercialização do ouro, além de criar diretrizes relacionadas à produção, venda e transporte.