Desde julho deste ano, quando cerca de 800 balsas de garimpo ilegal se instalaram na região de Manicoré, no Amazonas, para dragar o rio em busca de ouro, moradores da comunidade Santa Rosa estão sofrendo ameaças diárias.

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A comunidade fica localizada a 400 quilômetros da sede do município. 

Além das ameaças, os moradores relatam que estão sofrendo agressões por parte dos garimpeiros e também temem perder suas casas. 

Eles relatam que os garimpeiros armados atacam todos os dias as 20 famílias da comunidade.

“Já falamos com eles pedindo para não chegarem tão perto da ‘beira’ e em resposta mandaram pessoas armadas e violentas para dizer que não irão sair”, disse um morador que trabalha na agricultura familiar.

O agricultor informou que realizaram denúncias aos órgãos públicos e os garimpeiros reduziram por um tempo. 

Os moradores também notaram que desde a chegada do garimpo ilegal, os barrancos onde estão suas casas começaram a ceder.

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Bloqueio

A ação ilegal dos garimpeiros no rio Madeira também é uma ameaça constante para o transporte de cargas na região. 

De acordo com o Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial no Estado do Amazonas (Sindarma), uma embarcação que transportava grãos foi proibida de passar pelos garimpeiros que fecharam toda a extensão do rio com suas balsas.

“Eles bloquearam tudo e a tripulação teve que ‘negociar’ para deixarem o caminho livre”, destacou o vice-presidente do Sindarma, Madson Nóbrega.

Nóbrega acrescenta, ainda, que a ação das balsas acontece com maior incidência no rio Madeira e nesta época de vazante.

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