O homem preso na noite de segunda-feira, 23, suspeito de assassinar o sargento Lucas Guimarães em uma cafeteria no dia 1º de setembro confessou o crime à polícia. Em depoimento, ele disse que a morte do militar foi encomendada por R$ 65 mil e que também teve a participação de um suposto intermediário.

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O veículo e as roupas usadas no dia do crime foram repassados por esse intermediário, que a polícia investiga.

Após a execução de Lucas, todo o material foi devolvido a esta pessoa.

De acordo com a polícia, Silas Ferreira da Silva, de 26 anos, é o suspeito que aparece nas imagens gravadas pelas câmeras da cafeteria da vítima no dia do assassinato.

Segunda Silas, o pagamento do crime foi em dinheiro, que foi gasto na compra de uma moto, drogas e diversão.

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Negociações

De acordo com o Delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, o suspeito informou que houve uma negociação de valores para ele praticasse o crime.

As negociações começaram logo após que o Silas saiu da prisão, no dia 5 de agosto deste ano. Ele estava cumprindo pena de 4 anos em uma penitenciária de Manaus. 

“Dia 5 de agosto ele foi posto em liberdade, logo em seguida foi contratato [pelo intermediário]. Inicialmente o intermediário ofereceu R$ 10 mil, depois evoluiu para R$ 25 mil, e depois no final R$ 65 mil. A pessoa estava muito interessado que o homicídio fosse praticado”, comentou o delegado Ricardo Cunha.

 

Foto: Ana Kelly Franco/Portal Norte de Notícias- Veículo apreendido pela DEHS. A moto foi comprada pelo suspeito com o dinheiro pago para matar Lucas Guimarães. 

Apreensão 

 

O suspeito comprou uma moto no valor de R$ 5 mil reais com o dinheiro que ganhou para realizar o crime. A DEHS apreendeu com o suspeito no dia da prisão.

 

A prisão

A Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) deflagrou na noite de segunda-feira, por volta de 18h30, a operação policial que resultou na prisão de Silas da Silva. 

O delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS, informou que a polícia trabalhou durante dois meses para chegar ao autor dos disparos que mataram o militar Lucas.

Silas estava estava escondido no bairro Colônia Antônio Aleixo, na Zona Leste de Manaus. 

Na delegacia, foi apurado que ele possui dez passagens pela polícia e responde por crimes de roubo e tráfico de drogas.

Silas vai responder por homicídio e será encaminhado à Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficará à disposição da Justiça.

 

O crime

O sargento do Exército e empresário Lucas Ramon Guimarães, de 29 anos, foi assassinado com disparos de arma de fogo na região da cabeça na noite do dia 1º de setembro.

O crime foi na cafeteria dele, localizada na avenida Ayrão, próximo ao Boulevard Álvaro Maia, bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus.

A vítima estava na cafeteria quando um homem, não identificado, entrou no estabelecimento se passando por cliente, perguntou pelo nome de Lucas, e em seguida puxou uma arma disparando contra a vítima.

Lucas ainda chegou a ser socorrido e encaminhado ao Hospital Santa Júlia, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.  

Após os disparos, o assassino, que deixou sua moto ligada antes da execução, fugiu do local sem ser identificado.

A vítima era casada e esperava o nascimento do 2º filho.

 

A investigação

A Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) revelou no dia 21 de setembro os detalhes da investigação sobre a morte do militar do Exército Lucas Ramon.

Um caso extraconjugal e desvio de dinheiro seriam os motivos por trás do crime. 

Na manhã daquele dia, a polícia deflagrou a “Operação Lucas 8:17”, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços de suspeitos no caso.

Em entrevista coletiva após as ações, a delegada Marla Miranda confirmou que havia um caso extraconjugal entre Lucas e Jordana Azevedo, mulher do empresário Joabson Gomes, dono de uma rede de supermercados.

As investigações da Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS) apontam que Joabson descobriu a traição por meio do telefone celular da esposa. O relacionamento fora do casamento teria iniciado em dezembro de 2020. 

O casal Joabson Agostinho Gomes e Jordana Azevedo Freire se entregou na tarde do dia 21 de setembro na DEHS.

Joabson e Jordana permaneceram presos até o dia 10 de novembro, quando foram soltos após habeas corpus do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

Além de sargento do Exército, Lucas Ramon era dono da cafeteria em que foi morto e proprietário de uma gráfica que prestava serviço para o supermercado. A vítima e Jordana se conheceram através de Joabson.

Veja na íntegra a entrevista com o Delegado Ricardo Cunha, titular da DEHS:

 

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