O episódio dos alunos de medicina da Universidade de Santo Amaro (Unisa) é apenas um dos casos polêmicos de trotes em São Paulo.
A ‘masturbação coletiva’, que repercute desde domingo (17), aconteceu em abril de 2023.
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Segundo a ‘tradição’ dos internos, os calouros homens são desafiados a correrem pelados durante os jogos acadêmicos.
Em 2022, o Uol investigou por 2 meses as movimentações de veteranos da Unisa e identificou diversos abusos.
Trotes da Unisa
Dentre as violências apontadas, a reportagem listou agressões físicas, sexuais e manipulações.
Segundo relatos, as humilhações são aceitas como forma de ascensão na universidade.
Os calouros acatam as ordens com a perspectiva de serem incluídos e alcançarem vagas na residência.
Além disso, a reportagem obteve a informação, na época, que os trotes mais violentos partiam de atletas filiados à atlética.
Os alunos relataram comportamento de assédio sexual e apelidos de cunho racista.
Um dos alunos foi ‘desafiado’ a passar a mão no pênis de outros meninos.
Além disso, um aluno, que é negro, era chamado de Haley, em referência ao cometa.
Quando questionado sobre o apelido, o rapaz era obrigado a dar a seguinte explicação: ‘um preto em medicina só de 50 em 50 anos’.
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Pronunciamento
Na época, a universidade repudiou os comportamentos abusivos em trotes do curso de medicina.
Além disso, informou que procuraria as ‘medidas administrativas cabíveis’.
Após isso, a universidade não deu retorno sobre investigações e possíveis alunos penalizados.
‘Masturbação coletiva’
Repercurte, deste domingo (17), as imagens da competição esportiva da universidade, intitulada ‘Intermed’.
Conforme vídeos, mais de 20 alunos aparecem correndo na quadra com suas genitálias à mostra.
Intitulada de ‘Volta Olímpica’, a tradição pede que os calouros homens corram pelados juntos de outras faculdades.
No caso de abril, conforme os registros, os alunos ainda simulam masturbação em público.
De pano de fundo, a ‘masturbação coletiva’ acontece durante uma partida de vôlei feminino.
