Ao menos duas viaturas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) teriam sido incendiadas por manifestantes no ínicio da noite desta quinta-feira (28), nas proximidades do município de Apuí, a 454 km de Manaus.
Segundo informações preliminares, o ataque ao órgão seria uma retaliação aos atos de destruição de máquinas e caminhões de moradores do distrito, supostamente feito pelo órgão.
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Populares cercaram a equipe, e fecharam a saída deles em alguns locais. A revolta aumentou ao ponto dos manifestantes em fúria reagirem tocando fogo nas viaturas. (Veja vídeo abaixo)
Em outra localidade, imagens divulgadas nas redes sociais mostram moradores derrubando árvores para evitar a passagem dos fiscais em suas viaturas por caminhos alternativos.
Os manifestantes seriam moradores de Santo Antônio de Matupi, ou “180”, como é conhecido o distrito do sul do Amazonas, apontado como local de constantes disputas agrárias.
Os ataques estariam ocorrendo nas proximidades da rodovia BR-230, que liga os municípios de Apuí, Humaitá, e demais municípios ao restante do país.
ICMBio
O ICMBio é o órgão ambiental brasileiro responsável por propor, implantar, gerir e proteger as unidades de conservação federais.
Em nota, o órgão confirmou o ataque e que
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informa que, após operação contra crimes ambientais realizada nesta quinta-feira (28) na Floresta Nacional do Aripuanã, a equipe de fiscais do Instituto, acompanhada de policiais da Força Nacional, foi atacada por criminosos, que incendiaram duas caminhonetes do ICMBio. Todos os agentes que participavam da operação estão em segurança. A ação de fiscalização teve o objetivo de verificar desmatamento apontado pelo sistema DETER de 762 hectares dentro da Floresta Nacional. No local, foram encontrados 550m³ de madeira ilegal em tora, além de armas, equipamentos e veículos usados no desmatamento ilegal. Todos os equipamentos foram apreendidos ou destruídos. Quatro infratores foram identificados e multados em R$ 7,6 milhões. As ações na região serão intensificadas, e os responsáveis pelo ataque, identificados e punidos de acordo com a lei.
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