Presos da Cadeira Pública de Sarandi, no Paraná, realizaram uma transmissão ao vivo no Facebook, na noite de quinta-feira, 17, para denunciar a superlotação na cadeia e as condições precárias em que vivem.

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A live foi realizada pela conta do Facebook de um dos detentos. Nas imagens é possível ver vários presos um ao lado do outro em uma cela.

Eles se revezam para falar sobre as condições precárias, superlotação, alimentação, visitas e opressão dos seguranças.

“O chefe de segurança vem diariamente oprimindo nós e nossos familiares. Dessa forma aí, vocês acham que a gente vai melhorar? Tá formando monstro nessa unidade”, disse um dos presos.

“Eles fizeram da cadeia uma firma. Nesse momento a cadeia tá um barril de pólvora e uma hora vai estourar”, disse um outro detento.

Por meio de nota, o Departamento Penitenciário do Paraná (Depen-PR) informou que foi determinada uma revista geral na Cadeia Pública de Sarandi para localizar a existência de aparelho celular no local.

“Importante ressaltar que operações de revistas são realizadas constantemente, sendo que, na última delas uma tentativa de fuga foi frustrada, o que pode ter motivado o descontentamento dos presos”, informou.

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O departamento também esclareceu sobre as reclamações dos presos.

“As visitas presenciais que haviam sido suspensas por conta da pandemia, já foram retomadas e ocorrem de forma agendada, com os devidos cuidados de distanciamento social. Ainda há possibilidade de realizar visitas virtuais, por meio de videoconferência. Também em virtude da pandemia, a entrega de sacolas de forma presencial permanece suspensa em todo o Estado. No entanto, os familiares podem encaminhar os itens permitidos pelos Correios, via SEDEX”.

Já sobre a alimentação, eles informaram que “as marmitas são fornecidas por empresas terceirizadas, sendo que, todos os dias passam por inspeção para verificar a qualidade, temperatura e peso do alimento fornecido”.

Veja o vídeo:

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