Um vídeo que mostra uma policial militar de São Paulo dizendo a uma trans que para ‘ser chamada de mulher, tem que trocar o nome na certidão’ começou a circular nas redes sociais nesta quarta-feira, 2.

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Em razão disto, a agente está sendo acusada de transfobia, pois foi flagrada falando a frase durante a abordagem em Osasco, na Região Metropolitana, no último domingo, 30.

A Polícia Militar informou que um procedimento interno foi instaurado para analisar a conduta da policial.

“Quer que chame de mulher? Vai trocar o nome na certidão. Tem que ter no RG o nome de mulher. Por enquanto, é homem. Vai, rapa fora daqui”, diz a policial.

Luna Nunes, de 22 anos, que estava na companhia de outras amigas trans, contou, por meio de stories do Instagram, que elas estavam em uma tabacaria quando um casal em uma motocicleta atropelou uma mulher e depois fugiu.

“A gente foi socorrer porque não tinha ninguém no local”, explicou.

Em seguida, segundo ela, o grupo acionou a polícia e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU):

“A polícia chegou e já foi tirando com a nossa cara, já começaram a fazer chacota com a gente”, disse.

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Nas redes sociais, Luna chamou a atenção do prefeito da cidade, Rogério Lins, sobre o caso. E citou também o governo estadual:

“Parabenizo a PM do Estado de São Paulo por colocar uma profissional não capacitada intelectualmente para trabalhar em sociedade. Transfobia é crime, amor! Parabéns ao prefeito pela “segurança e qualidade” recebida em nosso município”, escreveu na postagem.

O episódio chegou a Associação Nacional de Travestis e Transexuais (Antra) que repudiou o acontecimento e em uma postagem no Twitter, classificou o episódio como ‘assustador’:

“Violência do estado vindo de agentes da polícia contra pessoas trans não é nenhuma novidade. E é assustador que mesmo uma polícia feminina reproduza o processo tão violento na presença de todo efetivo da guarnição e de diversas testemunhas contra uma mulher trans sem qualquer constrangimento”.

A vereadora trans Erika Hilton (Psol-SP) informou que solicitou uma investigação dentro da corporação. Por meio de ofício, ela denuncia o caso para que a conduta “seja urgentemente investigada e encerrada”.

Em nota, a Polícia Militar informou que foi instaurado procedimento interno para analisar a conduta da policial, que também será reorientada.

Veja o vídeo:

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