A situação climática preocupante no estado de Roraima tem chamado a atenção das lideranças indígenas, que enfrentam uma estiagem severa impactando diretamente na disponibilidade de água para consumo humano.

A escassez tem afetado não apenas a vida cotidiana, mas também os afazeres domésticos, provocando prejuízos nos cultivos agrícolas e nas criações de animais.

Além do desafio hídrico, outro ponto alarmante é o aumento significativo de incêndios que consomem diariamente vastas áreas de mata e lavrados.

Esses incidentes têm causado não apenas danos ambientais, mas também colocam em risco a vida das comunidades indígenas, dizimando inúmeros animais e prejudicando a subsistência dessas populações.

Em dezembro de 2023, durante uma reunião que contou com representantes das regiões afetadas e o presidente do Conselho Distrital de Saúde Leste de Roraima (CONDISI), Adelinaldo Rodrigues, um relatório detalhado foi elaborado, destacando as situações críticas em cada comunidade.

O documento listou os problemas causados pela seca e apresentou reivindicações para a adoção de medidas urgentes.

Contudo, apesar dos esforços para comunicar a gravidade da situação, Rodrigues lamentou que até o momento nenhuma ação concreta foi tomada.

O relatório foi encaminhado às autoridades competentes, incluindo o Governo do Estado, prefeituras, Defesa Civil e Secretaria de Saúde Indígena (SESAI).

Estiagem severa

A falta de resposta efetiva coloca em risco a qualidade de vida de aproximadamente 204 comunidades indígenas, sendo os municípios de Uiramutã e Amajari os mais afetados. Este último já declarou estado de emergência em decorrência da crise hídrica.

Diante desse cenário desafiador, as lideranças indígenas buscam uma resposta urgente das autoridades competentes, a fim de garantir o abastecimento de água e promover ações efetivas para conter os incêndios que ameaçam não apenas o meio ambiente, mas a sobrevivência das comunidades locais.

Veja vídeo: