Nesta quinta-feira, 17, o pré-candidato a presidência da República, Ciro Gomes (PDT), esteve na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) para uma homenagem póstuma ao ex-senador Jefferson Péres (PDT-AM), que se estivesse vivo hoje, completaria 90 anos. 

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Durante a cerimônia, o também ex-ministro e ex-governador pelo Estado do Ceará recebeu da Casa a placa de cidadão amazonense por seus feitos em favor do Estado durante a sua vida política. 

Em entrevista coletiva à imprensa na sede da Aleam, Ciro aproveitou para falar sobre o andamento das eleições para a presidência do Brasil e também fez duras críticas aos seus oponentes, o presidente Jair Bolsonaro (PL); o ex-presidente Lula (PT); e o ex-juiz Sergio Moro (Podemos), além de fazer referências a outros ex-presidentes do país, como Dilma e Fernando Henrique Cardoso. 

IPI 

Ciro começou sua fala criticando o decreto do governo Bolsonaro (PL), que reduz o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) em até 25%, e que pode prejudicar a economia da Zona Franca de Manaus (ZFM). 

“Agora essa pancada que vocês levaram. Vocês vão acordar e ver o tamanho do crime. Porque o Bolsonaro no momento de grave crise fiscal no país faz um abatimento sem qualquer estudo do IPI. E a diferença do imposto, que a Zona Franca de Manaus permite, é que faz a possibilidade de existir uma indústria aqui “.

Segundo o pré-candidato, se o governo equalizar o IPI, a indústria do Estado será destruída. 

“O Brasil não suporta mais isso. O único candidato que está falando isso, sou eu. Por que? Porque é mais fácil, é demagógico você dizer que vai diminuir o IPI para diminuir os preços das coisas. E o povo está cansado com a perda de renda e com a inflação”.

Planos para a economia  

Para Ciro, se o Brasil quiser realmente se desenvolver, tem que haver a administração dos preços centrais da economia, câmbio e juros, de uma forma radicalmente diferente do modelo econômico que Lula, Bolsonaro, Dilma e Fernando Henrique representam. 

Industria e ZFM

Durante a coletiva, o pré-candidato também foi questionado sobre qual seria a sua metodologia para salvar a indústria e que visão futura ele tem para o desenvolvimento da Zona Franca. 

Para Ciro, não existe êxito civilizatório e não há progresso humano sem a evolução da economia primária para a sofisticação industrial.

“Agora o desafio é a economia do crescimento, por meio digital. No Brasil, até 1980, um terço da nossa economia era industrial. Hoje, essa economia está reduzida a 9% do PIB. É a maior destruição da indústria da história do capitalismo mundial. E vocês tem que ‘botar a barba de molho’. Com isso, eu tenho procurado falar com muita clareza, que daqui – do Amazonas- saí 8% da produção industrial brasileira. E já podia ser muito mais, se não fosse a manipulação trágica de todos os governantes brasileiros”. 

Com a fala, Ciro reafirma que a queda da indústria do país se deve ao mesmo modelo econômico utilizado pelos últimos presidentes. 

“Embora as pessoas sejam diferentes, o modelo econômico é o mesmo.”

Exploração  

Ciro explicou que o modelo econômico utilizado pelo presidente e pelo ex – se referindo a Lula – se dá pela manipulação da Taxa de Câmbio e a explosão da Taxa de Juros. 

“Esses dois preços centrais da economia sendo, de novo, manipulados hostilmente a produção Brasileira, especialmente, a produção industrial, que continuaram sendo destruídos”.  

Ele disse ainda, que nem Manaus e nem o Amazonas são sedes da matéria prima da indústria e do mercado. 

“O que vem fazer uma indústria aqui? Se a gente não conseguir, via política e econômica, arbitrar as desigualdades competitivas que fazem vocês e todo o nordeste brasileiro sofrerem um tanto mais, do que aqueles quatro estados brasileiros que se concentram com 80% da produção industrial do país, que são São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul”. 

Pesquisa

Durante a coletiva,  Ciro também falou sobre as pesquisas de intenção de voto para a presidência do Brasil.

Para Ciro, a pesquisa é retrato, e a vida, é filme. “Então, se você sair na rua hoje, pergunte ao povo se eles sabem que tem eleição e se já tem candidato. A maioria do povo ainda não está ligado nesse assunto. Portanto, as pesquisas tendem a refletir muito mais do que é real”. 

“Por exemplo, o presidente da república está com a caneta na mão e todo dia na mídia, e tem o ex-presidente – Lula- que é 100% conhecido. E eu sou uma pessoa que está fora da grande mídia. O que  isso quer dizer, não é fácil pra mim. A minha vida é muito mais difícil do que a deles, porém, é necessário”. 

“E se o Brasil ficar nessa confrontação odienta Bolsonaro contra Lula. A pergunta que eu faço é, o que vai acontecer no dia seguinte à eleição? É a radicalização. É fazendo amigo brigar com amigo na Internet.  E as famílias se dissolvendo por causa do radicalismo político. Além de fake news”.     

Saúde  

O candidato aproveitou para atacar novamente o presidente Jair Bolsonaro sobre ele ser contra a vacina contra a Covid.

“Morreram no Brasil, quatro vezes a média de mortes do mundo. Qual a explicação para o Brasil, que é um dos países que têm o sistema de saúde mais sofisticado do mundo. Que sabe fazer vacina há mais de 100 anos.  E aqui, em Manaus, o país inteiro ficou chocado, com aquilo que aconteceu aqui. E não aconteceu só aqui, aconteceu no Brasil inteiro. E por quê? Por causa da política. O presidente da república, completamente desavergonhado, está falando contra a vacina até hoje”.       

Reeleição

Ao concluir, o pré-candidato fez duras críticas sobre a reeleição de Jair Bolsonaro. 

“O Brasil copiou esse modelo, que é absolutamente perverso, pois a reeleição causou uma distorção na vida brasileira, e é gravíssima. Mais um deserviço do Fernando Henrique para o nosso país. Pois bem, a reeleição é um mandato de oito anos com um plebiscito no meio. O Bolsonaro, aparentemente, pela primeira vez desde que se fixou a reeleição no Brasil, é o que será derrotado. Por que? Porque as proporções numa leitura complexa das pesquisas, o atual presidente tem aí uma média de 25%. O que quer dizer, que 75% estão contra o atual presidente. O Lula tem aproveitado, na melhor hipótese, entre 40% e 45%. E eu tenho 10% disso daí”    

Veja no vídeo abaixo como o pré-candidato pretende ganhar mais eleitores:  

Lançamento 

Na noite desta quinta-feira, 17, Ciro Gomes participou também de ato político com lideranças locais no Hotel Blue Tree, localizado na Av. Jornalista Umberto Calderaro Filho, 817, Adrianópolis, Zona Centro-sul de Manaus.

Na reunião, foram lançadas as pré-candidaturas do PDT: Carol Braz, ao governo do Estado, e Luiz Castro, para o Senado. 

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