O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decidiu não ir à posse do presidente argentino recém-eleito, Javier Milei. Para representar o Brasil, o petista enviou o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira.

A informação é do ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência da República, Paulo Pimenta.

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Foi Diana Mondino, a futura chanceler da Argentina, quem oficializou o convite ao governo brasileiro para a cerimônia deste domingo (10).

A aliada de Milei chegou a fazer uma visita-relâmpago ao Palácio do Planalto no último dia 26. Em sua breve estadia, a futura ministra se reuniu com Vieira e os embaixadores do Brasil em Buenos Aires, Julio Bitelli, e da Argentina em Brasília, Daniel Scioli.

Na diplomacia sul-americana, os presidentes brasileiros e argentinos tradicionalmente atendem às posses uns dos outros. No entanto, no passado houve exceções. É o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que ficou ausente em 2019 na posse de Alberto Fernández.

Na época, o ex-presidente enviou seu vice, Hamilton Mourão (Republicanos, para representá-lo. Por outro lado, a ex-presidente Dilma Rousseff (PT) deixou as divergências ideológicas de lado e participou da cerimônia de eleição de Mauricio Macri.

Vale lembrar também que Milei, um dia após sua vitória frente ao candidato governista Sergio Massa, convidou abertamente à posse Bolsonaro, de quem compartilha dos valores da extrema-direita.

O cenário político, contudo, com relação ao Lula e ao Milei se contorna de uma forma mais complexa. O petista, diferentemente de seus antecessores, foi alvo de duras críticas e declarações do argentino recém-eleito.

Este que chegou a chamá-lo de “corrupto”, acusá-lo de interferir nas eleições argentinas para beneficiar seu então candidato rival, Sergio Massa, e ameaçou cortar integralmente as relações diplomáticas com o Brasil. 

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro, que foi o primeiro convidado internacional de Milei para a sua posse, embarcou para o país vizinho na quinta-feira (7).

Bolsonaro viajou acompanhado de Michelle Bolsonaro e de políticos bolsonaristas, como o senador Ciro Nogueira (PL-PI) e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania entre outros.

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