Vinte e sete celulares foram encontrados por peritos no barco com corpos que estava à deriva no litoral do nordeste do Pará no dia 13 de abril. Os aparelhos coletados pela Polícia Federal nesta quinta-feira (18), devem ajudar na identificação dos ocupantes da embarcação.

Conforme os documentos encontrados na embarcação, a possível origem das vítimas era Mali e Mauritânia, países do oeste da África. A suspeita é que ao menos 25 pessoas estavam no barco.

Os telefones móveis achados em Belém passarão por exames periciais no Instituto Nacional de Criminalística em Brasília (DF). Serão avaliados os chips e cartões de memória com apoio internacional.

A partir dos protocolos internacionais de Identificação de Vítimas de Desastres (DVI), agentes federais e a Polícia Científica do Pará realizaram os exames dos oito corpos retirados do barco e do nono, encontrado nas proximidades do barco.

Capas de chuva encontradas na embarcação – Foto: Divulgação/Polícia Federal

Sepultamento e outros procedimentos

De acordo com a Polícia Federal, os nove corpos serão, temporariamente, sepultados em Belém. A medida acontece até que as identidades sejam reveladas e as famílias das vítimas comunicadas.

A PF informou ainda que não é possível estimar o prazo para identificar os nove corpos devido à falta de dados técnicos de migrantes desaparecidos, vindos de países africanos.

Os dados colhidos serão acompanhados pelo Instituto Nacional de Criminalística e Instituto Nacional de Identificação da PF, com apoio da Interpol e organismos internacionais.