Pilotos e comissários entraram em greve nesta segunda-feira (19). A paralisação aconteceu nos aeroportos de São Paulo, Rio de Janeiro, Campinas, Belo Horizonte, Brasília, Porto Alegre e Fortaleza.
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Segundo a GRU Airport, o ocorrido atrasou ao menos dez voos no Aeroporto de Guarulhos.
O Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) disse que os trabalhadores rejeitaram, em votação virtual realizada no fim de semana, a proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
Entre os 5,7 mil votantes, 76,4% rejeitaram o oferecido pela mediação do tribunal.
Proposta
A proposta apresentada nesse domingo (18), pelo vice-presidente do TST, ministro Aloysio Corrêa da Veiga, prevê reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 0,5%.
Os percentuais incidem sobre os salários fixos e variáveis.
Greve
O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Henrique Hacklaender, orientou aos tripulantes que comparesse aos aeroportos, mas que não fizessem decolagens entre as 6h e 8h (horário de Brasília).
Hacklaender destacou que além do ganho real sobre os salários, a categoria quer melhores condições de descanso.
Os trabalhadores reivindicam pontos como a proibição de alteração dos dias de folga e o cumprimento dos limites já fixados do tempo em solo entre etapas de voos.
“É óbvio que um tripulante cansado e mal remunerado pode representar um risco à aviação”, ressaltou o presidente do sindicato ao comunicar o resultado da votação da categoria.
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Liminar
Na sexta-feira (16), a ministra do TST Maria Cristina Peduzzi determinou que deve ser garantido o mínimo de 90% de pilotos e comissários em serviço durante a greve.
A decisão foi motivada por uma ação do Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (Snea).
Na decisão, a ministra negou o reconhecimento da abusividade da grave, mas determinou que deve ser mantido percentual mínimo de aeronautas em serviço.