A Câmara dos Deputados pode concluir a análise do novo arcabouço fiscal e da reforma tributária até julho.

A informação foi dada pelo ministro da Fazenda Fernando Haddad nesta terça-feira (23).

Haddad se reuniu com representantes na residência oficial do presidente do Senado para discutir os dois temas.

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O ministro afirmou que provavelmente vai concluir esse semestre com a Câmara tendo se manifestado a respeito dos dois temas.

“E o Senado, pelo menos, em termos da questão do marco fiscal”, disse Haddad.

Para os gestores, isso vai tranquilizar os investidores, a autoridade monetária e os ministros do governo.

O ministro disse ainda que ficou “impressionado” com o consenso em torno das duas pautas.

“Não houve uma única voz dissonante a respeito da urgência dessas duas matérias para impulsionar o desenvolvimento econômico e social do Brasil”, sintetizou.

Também participaram do encontro os deputados que são relatores das duas matérias: Cláudio Cajado (PP-BA), do novo marco, e Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), da reforma tributária.

Representantes da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) e da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), além do presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, também estiveram presentes.

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De acordo com Haddad, o Ministério da Fazenda não tem do que reclamar sobre a comunicação com o Legislativo e o Judiciário.

“Sobre o diálogo que vem mantendo com as duas Casas e também com o Supremo Tribunal Federal em torno da agenda de equilíbrio das contas para promoção do desenvolvimento econômico do país. Nós estamos fazendo um bom trabalho juntos”, declarou.

Com a urgência aprovada, a nova regra do arcabouço fiscal deve ser votada na Câmara nesta quarta-feira (24).

Depois de concluída a análise pela Câmara, o texto seguirá para análise do Senado.

Pacheco sobre arcabouço fiscal

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), também afirmou nesta terça, durante entrevista coletiva, que o Parlamento deve aprovar as novas regras fiscais ainda neste semestre.

“Há boa perspectiva para o marco fiscal na Câmara. E tão logo chegue no Senado, daremos a devida celeridade”, destacou.

Ele afirmou ainda que “ainda neste semestre, [iremos] entregar esse marco fiscal em substituição ao teto de gastos públicos”, completou. 

Pacheco participou da reunião nesta manhã com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.