Para monitorar a migração dos peixes e quais fatores ambientais influenciam a pesca na Amazônia, WCS Brasil (do inglês, Wildlife Conservation Society) lidera a implementação da ferramenta Ictio, que compreende um banco de dados colaborativo e um aplicativo de celular que acompanha informações sobre a Bacia do Rio Negro nos estados do Amazonas e Roraima.

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A Bacia Amazônica é o maior e mais biodiverso sistema de água doce do mundo, um sistema interligado por diversos rios e paisagens aquáticas e pelos peixes que os atravessam. Nela estão concentradas entre 2.400 e 3.000 espécies de peixes descritas, o que representa 19% da diversidade de peixes de água doce conhecidas no mundo. 

“Nos unimos a populações locais na criação de uma rede colaborativa para registrar as espécies encontradas nos nossos rios. Isso permite avanços no monitoramento, no ordenamento pesqueiro e apoia também os pescadores com o acompanhamento da sua produtividade e renda”, explicou o especialista em recursos pesqueiros da WCS Brasil, Guillermo Estupiñán.

Para realizar o trabalho, é utilizado o aplicativo móvel gratuito Ictio, um banco de dados sobre peixes migratórios na Amazônia construído por meio da colaboração entre populações locais e indígenas, pescadores individuais, grupos de manejo, associações e cientistas. 

Desenvolvido pelo Laboratório de Ornitologia da Universidade de Cornell em colaboração com a WCS e parceiros, o Ictio permite registrar e compartilhar observações sobre os peixes e a pesca.

“Alcançamos pescadores que atuam nos rios do Amazonas e Roraima, promovemos oficinas de treinamento e hoje monitoramos os resultados das pescas realizadas por estes usuários, que são cientistas cidadãos. Esta abordagem permite o preenchimento de lacunas de informação sobre a pesca, com potencial de gerar dados que possam ser importantes para pescadores individuais, organizações locais e representações de classe, assim como para a construção de melhores medidas de ordenamento pesqueiro. A abordagem da ciência cidadã busca tornar os pescadores protagonistas da geração e uso de informações e reforçar seu papel como guardiões dos ecossistemas aquáticos”, disse Guillermo.

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