Neste quarto ano de governo Bolsonaro, a Zona Franca de Manaus vem recebendo verdadeiros ataques em sequência. As últimas foram realizadas entre fevereiro e maio, quando o Ministério da Economia reduziu o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que estabeleceu desconto de até 35% para vários itens, incluindo os produzidos no PIM.
Além disso, reduziu a alíquota do polo de concentrados para zerado através do decreto de número nº 11.052.
Depois desses vários ataques, o presidente Jair Bolsonaro, durante discurso na ‘Marcha para Jesus’, no Sambórdromo, na Zona Centro-Oeste de Manaus afirmou que a ZFM já mais será aintiga pelo seu governo.
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“Tenho certeza que assim como lá atrás, como a Zona Franca nasceu com o general Castelo Branco para Costa e Silva esta área será preservada. A Zona Franca de Manaus jamais será atingida por este governo. Esse governo reduz impostos em todo o Brasil e a redução de impostos é benéfica para todo o país. Ninguém perderá nada aqui reduzindo impostos, como por exemplo, o IPI. Eu nunca vi um país crescer aumentando ou criando novos impostos. A Zona Franca, a região do Amazonas tem um potencial enorme, como disse, ninguém tem o que vocês têm, como por exemplo, os fertilizantes, em Autazes, e a nossa rica biodiversidade”, disse.
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Contradições
No início de março, o presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, se reuniram com o governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC) e com o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam), Antônio Silva, para tratar sobre o assunto do IPI.
Na ocasião, o governo federal garantiu que os produtos fabricados na Zona Franca de Manaus, que já possuem o PPB [Processo Produtivo Básico], não iriam sofrer redução do IPI, para garantir a competitividade das empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus e a manutenção dos empregos.
Wilson Lima informou que havia convidado Bolsonaro para fazer a assinatura do novo decreto em Manaus, mas ele não cumpriu a promessa.
No dia 27 de abril, o governador se reuniu novamente com o presidente que prometeu iria buscar alternativas para manter a competitividade da Zona Franca de Manaus (ZFM).
Dois dias depois foi publicado os decretos que aumentavam o IPI para 35% e zerava o imposto dos concentrados.
Agora basta saber se o presidente irá cumprimir ou quebrar a promessa.
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