Em entrevista coletiva em Camberra, capital da Austrália, o presidente sul-coreano Moon Jae-in afirmou nesta segunda-feira, 13, que a Coreia do Norte, Coreia do Sul, China e Estados Unidos chegaram a um eventual “acordo de princípio” para declarar o fim da guerra entre as duas Coreias, quase 70 anos depois. 

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Moon afirmou estar convencido de que as quatro partes (Pyongyang, Seul, Pequim e Washington) concordaram com um “acordo de princípio” para uma declaração de paz.

O presidente da Coreia do Sul admitiu ainda que as negociações sobre a guerra, que ocorreram entre 1950-53, estavam sendo impedidas por objeções norte-coreanas à atual “hostilidade dos EUA”.

“Esperamos que as conversações sejam iniciadas. Estamos fazendo todos os esforços para isso”, acrescentou.

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Poucas horas depois das declarações de Moon Jae-in, o ministro sul-coreano da Unificação, Lee In-young, afirmou que o acordo “pode ser ponto de passagem para uma nova fase de paz” e exortou Pyongyang a aceitar a oferta de Seul.

“A Coreia do Norte tem mostrado, nos últimos tempos, uma forma mais aberta de diálogo”, disse Lee.

Opiniões divergentes 

As autoridades chinesas declararam apoio à proposta, enquanto Seul e Washington estão em fase final da elaboração do projeto da declaração.

A Coreia do Norte disse que não se vai juntar às declarações para colocar um ponto final no conflito, enquanto os EUA mantiverem a sua posição hostil, uma referência à presença de 28.500 militares norte-americanos na Coreia do Sul e aos exercícios militares anuais que Pyongyang considera um ensaio para uma eventual invasão.

A opinião de Seul e de Washington está dividida sobre a assinatura de um um tratado de paz formal, enquanto a Coreia do Norte continua a desenvolver armas nucleares e mísseis balísticos num desafio às sanções da ONU.

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