A dragagem dos rios e a instalação de um píer provisório para atracação de navios são as alternativas do Governo do Amazonas para o enfrentamento da estiagem em 2024. As previsões da Defesa Civil são de “cenário preocupante”.

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As propostas, da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedecti), tem como base os resultados da batimetria (medição da profundidade dos rios) na Enseada do Madeira e na região do Tabocal.

O governo afirma que as medições indicam média de dois metros a menos em comparação ao ano passado. Com todos os recursos tecnológicos disponíveis, a expectativa é que faça a dragagem exatamente conforme necessário, diferentemente da medida de emergência feita em 2023.

“A primeira alternativa é aquela que, com a graça de Deus, se o fenômeno El Niño funcionar efetivamente, nós teremos água suficiente para não enfrentarmos uma estiagem tão forte quanto a do ano passado. Em segundo lugar, foi a iniciativa do governador Wilson Lima, em conjunto com o governo federal, o vice-presidente Geraldo Alckmin, o presidente Lula e o ministro Silvio e Costa, para realizar a dragagem dos pontos cruciais para a navegabilidade”, destaca Serafim Corrêa, titular da Sedecti.

As medidas antecipadas para o enfrentamento da estiagem em 2024 foram apresentada durante a 307ª reunião do Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas (Codam), na última quinta-feira (25).

Pier provisório

Planejada pelo Grupo Chibatão, a instalação de um píer provisório para atracação de navios prevê a eliminação da necessidade de retorno das embarcações.

“Se o navio não conseguir passar, ele terá a opção de utilizar um píer provisório para o transbordo da carga do navio para balsas. Isso permitirá uma operação simultânea, imediata e rápida. Embora isso implique em um custo um pouco mais elevado, será infinitamente menor do que no ano passado. Assim, as alternativas estão estabelecidas e vamos avançar”, explica Serafim Corrêa.

De acordo com o diretor-executivo geral do Grupo Chibatão, Jhony Fidelis, para que o projeto do píer funcione, a empresa irá realocar parte da estrutura física do porto de Chibatão antes do problema.

“No pior cenário, onde o navio não pode passar devido à falta de tempo hábil para a dragagem, a operação será da seguinte forma: descarregar 100% da carga do navio para as balsas, que poderão então navegar até Manaus com segurança, entregando a carga tanto para o comércio quanto para a indústria”, detalha Fidelis.

Com essa alternativa para enfrentar as consequências da estiagem em 2024, segundo Jhony Fidelis, a média atual em Manaus é que cada navio chegue com mil contêineres.

“Acreditamos que, se esses navios chegarem com essa quantidade de carga, aproximadamente 16 balsas serão suficientes para realizar o transbordo da carga do navio para a balsa, permitindo assim que estas naveguem até Manaus”, avalia.

*Com informações da assessoria