Um policial militar acusado de envolvimento na chacina que deixou quatro mortos, na AM-010, em dezembro de 2022, teve o pedido de prisão domiciliar negado pelo Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM).

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Ele é um dos 15 policiais militares (PMs) investigados pelo crime.

A investigação busca condenar os culpados pelo assassinato de dois homens e duas mulheres, que foram encontrados mortos dentro de um carro no ramal Água Branca.

Os PMs foram filmados abordando as vítimas no bairro Lírio do Vale, Zona Oeste de Manaus, horas antes do crime.

Câmeras de monitoramento também registraram viaturas escoltando as quatro pessoas em direção ao local do ocorrido.

Recentemente, um dos acusados pediu a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar.

Ele teve o pedido negado pela juíza da 2.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus, Juline Rossendy Rosa Neres.

Na decisão, publicada na segunda-feira (8), a magistrada pautou a audiência de instrução inaugural para os dias 27, 28, 29 e 30 do mês de junho deste ano.

Na ocasião, a justiça vai interrogar as testemunhas arroladas pela acusação e defesa, além de qualificar e interrogar os PMs acusados.

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Relembre o caso

Quatro pessoas foram vítimas dos policiais, sendo dois homens e duas mulheres.

Todos foram encontrados mortos em um carro na AM-010, na manhã de 21 de dezembro de 2022.

Um vídeo mostrou os policiais militares fazendo uma abordagem às quatro pessoas, na Zona Norte de Manaus, horas antes do crime.

O registro foi o primeiro indício do possível envolvimento de PMs no assassinato.

Três dias após o crime, 12 policiais foram presos suspeitos de participarem da chacina.

Imagens de monitoramento mostram duas viaturas da PM escoltando o carro das vítimas em direção à AM-010, estrada onde as vítimas foram encontradas mortas.

Valéria Pacheco da Silva e Alexandre do Nascimento Melo, eram um casal e são duas das vítimas da chacina.

Os dois são pais de um bebê de 1 ano, que ficou aos cuidados dos avós. A mãe de Valéria, Vanessa Pacheco, contou que o crime destruiu a família.

Na sexta-feira (20), um mês após o caso, os familiares e amigos do casal Valéria Luciana Pacheco da Silva, de 22 anos, e Alexandre do Nascimento Melo, de 29, vítimas da chacina na rodovia AM-010, cobraram por Justiça durante uma manifestação.