Após episódio possível assédio, a Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados divulgou nota em solidariedade à deputada Julia Zanatta (PL-SC), nesta quinta-feira (13).

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Na última quarta (12), a parlamentar acusou de assédio o colega parlamentar Márcio Jerry, do PCdoB do Maranhão.

Paulo Bilynskyj, do PL-SP, no mesmo dia, entrou com uma representação no Conselho de Ética contra o deputado comunista.

O partido de Paulo rebateu a acusação de Julia e acusou os parlamentares do PL de promover fake news.

Em nota, o órgão da Câmara, comandado por Luísa Canziani (PSD-PR), afirmou que tomará “todas as providências” para apurar o caso.

Vídeo do possível assédio:

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Leia a nota da íntegra:

“A Secretaria da Mulher da Câmara dos Deputados, como órgão político e institucional formado pela Coordenação Geral dos Direitos da Mulher e pela Procuradoria da Mulher, que atua em benefício e defesa da população feminina brasileira, manifesta sua solidariedade para com a Deputada Julia Zanatta (PL-SC) em episódio ocorrido durante reunião da Comissão de Segurança Pública da Câmara na terça-feira (11 de abril). A situação provocou ampla repercussão nesta Casa e na imprensa e deu-se após imagens do deputado Márcio Jerry (PCdoB-MA) circularem nas redes sociais, mostrando o parlamentar falando ao ouvido da deputada, por trás dela. A atitude foi considerada assediadora pela parlamentar.

A Secretaria da Mulher foi criada dentro do Parlamento para a defesa dos direitos das mulheres. Assim, sempre que uma parlamentar se sentir ofendida em sua atuação política, este órgão, dentro das suas atribuições regimentais, tomará todas as providências para que tal fato seja esclarecido e apurado pelos órgãos competentes.

Outra causa que é basilar no trabalho da Secretaria da Mulher é o esforço pela ampliação da participação feminina na política. Inúmeras pesquisas apontam que a violência política constantemente sofrida pelas mulheres que se candidatam e se elegem para cargos públicos é uma das causas que impede seu ingresso e permanência no ambiente político, notadamente machista e misógino. Portanto, é preciso que estejamos todas e todos atentos aos comportamentos que ensejem o constrangimento ou a intimidação de mulheres nos espaços públicos de representação.

Diante do exposto, a Secretaria da Mulher reforça seu posicionamento como órgão de defesa das mulheres no combate a todas as formas de violência, sejam por discursos ou comportamentos que reforcem a cultura machista, e declara que, assim como em outros casos, não poupará esforços para acompanhar os desdobramentos do episódio junto aos órgãos competentes da Casa.