Na noite desta terça-feira (20), um atropelamento deixou duas mulheres e uma criança de 5 anos feridas no Distrito Federal (DF), com suspeita de feminicídio.

Juliana Soares, de 34 anos, morreu no local. Maria do Socorro Barboza Soares, de 60 anos e mãe de Juliana, sofreu uma fratura no braço.

Enquanto isso, ainda não há informações sobre a gravidade dos ferimentos da criança, filha de Juliana.

A Polícia Civil está investigando o caso. O principal suspeito, Wallison Felipe de Oliveira, de 29 anos, ex-namorado de Juliana, foi preso nesta tarde após uma denúncia anônima.

Ele dirigia um Toyota Corolla, que foi abandonado em um estacionamento próximo ao local do acidente. Câmeras de segurança registraram o ocorrido: as vítimas tentaram se levantar, e uma testemunha se aproximou para ajudar.

No entanto, o carro voltou em alta velocidade e atingiu novamente duas das três vítimas. A criança conseguiu escapar porque correu a tempo.

Juliana não resistiu aos ferimentos e faleceu no local. O boletim de ocorrência revelou que Juliana completou 34 anos no mesmo dia do crime.

Além disso, o Corpo de Bombeiros informou que Maria do Socorro Barboza Soares foi levada ao Hospital Regional do Gama com ferimentos e em estado de choque, e a família relatou que ela está em estado grave.

Por outro lado, a criança foi encaminhada ao hospital de Santa Maria consciente, mas com dores pelo corpo.

Feminicídio no DF

De acordo com dados do Balanço Criminal da Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF), o DF tem o menor número de vítimas de homicídio e feminicídio em 25 anos.

Em 2000 foram registradas 236 mortes, enquanto em 2024 o número foi de 89.

Projeto aumenta penas para autores de Feminicídio

Tramita na Câmara dos Deputados um projeto que aumenta as penas para feminicídio e homicídio qualificado.

Segundo o texto, já aprovado pela Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher, as novas penas vão de 20 a 40 anos de prisão. Atualmente, as penas vão de 12 a 30 anos.

Em 2024, o Brasil registrou um aumento alarmante de casos de feminicídio, com uma taxa de 1,4 mortes por cada grupo de 100 mil mulheres.

Além disso, segundo dados divulgados no mês passado pelo Anuário Brasileiro de Segurança Pública de 2024, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), o número de feminicídios subiu 0,8% em relação a 2023.

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