Siga o Canal do Portal Norte no WhatsAppA reprodução assexuada é comum em diversos seres vivos, mas até então não havia sido identificada em crocodilos.
Trata-se de casos especiais em que acontece o desenvolvimento de embriões a partir de óvulos não fecundados.
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O fenômeno chamado de “partenogênese” ou “nascimento virgem” é encontrado em abelhas, certas espécies de aves, peixes e outros répteis.
Agora, um novo estudo publicado na revista Biology Letters, da Royal Society, identificou o primeiro caso em uma fêmea crocodilo de um zoológico na Costa Rica.
Ela teria produzido um feto 99,9% geneticamente idêntico a si mesma.
Isso teria acontecido porque a reprodução não teve encontro de gametas, não havendo assim a união do material genético.
Segundo os pesquisadores, a característica pode ter sido herdada de um ancestral evolutivo, então os dinossauros também podem ter sido capazes de se reproduzirem sozinhos.
Além disso, a descoberta levanta a possibilidade de “nascimentos virgens” serem comuns na espécie e terem passados despercebidos até agora pela falta de procura por exemplos.
Recentemente, as ocorrências estão surgindo na literatura científica com mais frequência e uma das teorias é que o fenômeno acontece em espécies que estão à beira da extinção.
“Não é incomum que répteis em cativeiro coloquem ninhadas de ovos, dado o período de isolamento dos parceiros, estes normalmente seriam considerados inviáveis e descartados. Essas descobertas, portanto, sugerem que os ovos devem ser avaliados quanto à viabilidade potencial quando os machos estão ausentes”, disseram os cientistas no estudo.
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Como aconteceu a gravidez do crocodilo
A história foi assim: o ovo teria sido colocado pela fêmea no Parque Reptilania em janeiro de 2018, na Costa Rica.
O feto estava totalmente formado, mas natimorto e por isso não eclodiu.
A mamãe havia sido mantida separada de outros animais por toda sua vida e isso intrigou a equipe científica do parque, que entrou em contato com uma equipe norte-americana da Virginia Polytechnic, especializada em “partenogênese”.
“Esta nova evidência oferece insights tentadores sobre as possíveis capacidades reprodutivas de parentes extintos de crocodilos”, escrevem os cientistas, “notadamente os dinossauros”, destacaram os pesquisadores.
