Após a Universidade de Brasília (UnB) aprovar a exigência do comprovante de vacinação contra Covid-19 em todos os prédios da instituição, a coordenadora da Faculdade de Medicina, Selma Kuckelhaus, deixou o cargo.

Em nota, a professora diz que faz parte do grupo de servidores não imunizados e que ficou em ‘desacordo com a gestão’.

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A decisão de exigir o comprovante de vacinação completa para entrada em qualquer prédio da instituição foi tomada na última quinta-feira, 27, em reunião do Conselho de Administração (CAD) da UnB. A medida entra em vigor em 15 dias.

A instituição afirma por meio de nota, que “permanece guiada pela ciência e a democracia, preservando vidas” e que docentes em cargo de coordenação de curso podem deixar a função por decisão própria. “No cumprimento de sua missão, a UnB orienta que, além da adoção dos protocolos de segurança, toda a população esteja vacinada”, disse.

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No texto divulgado pela professora, ela diz que é “sensível ao momento pandêmico”, mas alega que a segurança e eficácia da vacinação “suscitam inúmeros questionamentos”. Especialistas e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no entanto, descartam essa tese e asseguram que os imunizantes são seguros, testados e eficazes.

A Faculdade de Medicina da UnB, inclusive, participou dos testes com a CoronaVac, ainda em 2020. Os estudos na capital foram coordenados pelo atual diretor da unidade, Gustavo Romero.

Selma afirma que considera o passaporte obrigatório uma “incongruência”, já que há pessoas que se recuperaram da Covid-19 e têm “imunidade natural”. Entretanto, há casos comprovados de reinfecção pelo novo coronavírus, inclusive no Distrito Federal, e estudos mostram que pessoas que se infectaram ainda transmitem o vírus.

“Sou árdua defensora das liberdades individuais”, afirma na carta.

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