A Secretaria Estadual de Saúde (Sesau) notificou 111 casos de dengue em Roraima, apenas na primeira semana de abril.

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Segundo a Sesau, a faixa etária mais afetada com a doença é composta por pessoas de 20 a 39 anos de idade.

Dados do Ministério da Saúde indicam que 75% dos focos da doença no Brasil estão nas residências

Para quem está com algum dos sintomas da doença, a orientação é não se automedicar, pois pode ter o quadro de saúde agravado.

Mosquito transmissor da dengue – Foto: Freepik

A farmacêutica Kátia Tichota explica que alguns fármacos, como os anti-inflamatórios não esteroides, podem levar a complicações da doença, como hemorragias. 

“A automedicação apresenta sérios riscos à saúde e, em caso de dengue, não é diferente. Os sintomas podem ser mascarados pelos medicamentos utilizados, dificultando o diagnóstico preciso”, explica a profissional.

De acordo com a farmacêutica, em alguns casos, a automedicação em pacientes com dengue pode levar a óbito. 

“A automedicação na dengue pode ter consequências fatais. A subestimação da gravidade da doença e o uso inadequado de medicamentos podem agravar os sintomas, levando a complicações sérias, como o choque hemorrágico, que pode resultar em óbito. Portanto, é necessário que qualquer suspeita de dengue seja prontamente avaliada por profissionais de saúde”, alerta.

Diante da suspeita de dengue, o indicado é procurar atendimento médico imediatamente. 

Como prevenir

A forma mais eficaz é evitar a proliferação do mosquito da dengue em Roraima, eliminando os prováveis criadouros como pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e recipientes pequenos, como tampas de garrafa.

A recomendação do Ministério da Saúde é que a população faça uma inspeção semanal em casa.

Recentemente, a pasta divulgou os resultados do 3º Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) e do Levantamento de Índice Amostral (LIA) de 2023. 

Os números indicaram que 74,8% dos criadouros do mosquito da dengue estão nos domicílios, como em vasos e pratos de plantas, garrafas retornáveis e recipientes de degelo em geladeiras.

O levantamento apontou, ainda, que depósitos de armazenamento de água elevados (caixas d’água, tambores, depósitos de alvenaria) e no nível do solo (tonel, tambor, barril, cisternas, poço/cacimba) aparecem como segundo maior foco de procriação dos vetores, com 22%.

Os depósitos de pneus e lixo têm 3,2%.

Fonte: Ministério da Saúde e Faculdade Estácio