O ex-presidente Jair Bolsonaro deixou a sede da Polícia Federal (PF) em Brasília, após três horas de depoimento, na tarde desta terça-feira (16).

O ex-mandatário depôs sobre fraudes nos cartões de vacinação dele, da filha, de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da Presidência, e de pessoas próximas.

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No depoimento, o ex-presidente disse que nunca determinou e nem soube da inserção de dados falsos no ConecteSUS e que nem tinha razão para fazer isso.

Além disso, Bolsonaro foi questionado pela PF sobre os atos antidemocráticos que ocorrem em 8 de janeiro, quando vândalos depredaram as sedes dos três poderes.

O ex-chefe de Estado e outras 15 pessoas são investigadas na Operação Venire, por suspeita de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Bolsonaro na mira da PF

O caso veio à tona no dia 3 de maio, quando a PF deflagrou uma operação que resultou na prisão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Mauro Cid e mais cinco pessoas.

Além da prisão de seis pessoas, a polícia fez buscas na casa do ex-presidente, no Jardim Botânico, em Brasília, para colher provas que provem o envolvimento do ex-presidente no esquema.

Na ocasião, o celular do ex-mandatário foi apreendido.

No mesmo dia, após as buscas, o ex-presidente falou com os jornalistas e negou as denúncias de fraude no seu cartão de vacina.

Na ocasião, o ex-gestor disse que não houve adulteração nos dados do cartão dele e da filha, Laura, porque ambos sequer foram vacinados.

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A ex-primeira dama, Michele Bolsonaro falou que apenas ela se vacinou na família, e que ela se vacinou nos EUA.

Durante a operação no dia 3 de maio, a PF convidou o ex-presidente para depor, porém, Bolsonaro se negou sob a justificativa de que sua defesa precisava, antes, ter acesso à investigação.