Dezembro Laranja é um mês voltado a conscientização de combate ao câncer de pele. Boa Vista, a única capital brasileira acima da linha Equador, há uma exposição solar intensa com temperaturas que podem atingir até 40°C.
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Nesse cenário, a expressão “um sol para cada roraimense” ganha uma dimensão literal, tornando a população mais suscetível ao câncer de pele, que tem aumentado na região nos últimos anos.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (Sesau), a Unidade de Alta Complexidade em Oncologia de Roraima (Unacon-RR) registrou 114 novos casos de câncer de pele entre janeiro e outubro de 2023,
O número de casos é considerado alto, se comparado ao mesmo período de 2022, com 76 ocorrências registradas.
Diante desse cenário, a Assembleia Legislativa de Roraima realiza campanhas de conscientização.
Além disso, a Assembleia vem elaborando leis que amparam e dão mais atenção e alertam às pessoas para o perigo à exposição excessiva ao sol, e neste Dezembro Laranja, o reforço é maior.
Entre as medidas adotadas, a Lei nº 1.195/2017 concede aos trabalhadores da iniciativa privada e domésticos o direito a uma folga anual para realizar exames de prevenção do câncer de pele, mama, colo do útero, próstata e pulmão.
Outra proposta, a Lei nº 1.568/2021, foca na prevenção e combate às doenças relacionadas à exposição solar de trabalhadores rurais, pescadores e aquicultores.
Dezembro Laranja
O Dezembro Laranja é uma campanha da Sociedade Brasileira de Dermatologia, que destaca a importância da prevenção do câncer de pele.
A dermatologista Ana Paula Vitti ressalta que algumas medidas podem ajudar na prevenção do câncer de pele.
“Usar protetor solar, evitar o sol das 10h às 15h, usar chapéu, óculos e roupas adequadas são medidas importantes, mas evitar os horários de sol a pino é primordial”, disse a dermatologista.
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) destaca que o câncer de pele abrange diversos tipos, sendo os não melanoma os mais comuns, e o Dezembro Laranja alerta toda sociedade para os cuidados precoces.
A dermatologista alerta que a exposição solar intensa na infância e adolescência pode levar ao desenvolvimento de lesões benignas ou malignas no futuro.
“O sol é acumulativo. Até os nove meses, não se deve se expor ao sol, e dos nove meses aos 18 anos, a exposição excessiva pode danificar o DNA da pele, predispondo ao desenvolvimento de tumores. Então, pedimos para que as mães cuidem das crianças e do seu entorno para que não tenha aquelas insolações”.
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