O Dia Internacional de Combate à Homofobia, à Bifobia e à Transfobia, celebrado em 17 de maio, é uma data de grande relevância para a conscientização e combate à discriminação baseada na orientação sexual e identidade de gênero.

A escolha da data se deu por ser o dia em que a Organização Mundial de Saúde (OMS) retirou a homossexualidade do Código Internacional de Doenças (CID), em 1990.

Em Roraima, o grupo DiveRRsidade que representa e luta pelos direitos das pessoas LGBTQIAPN+, de uma forma justa, digna e igualitária.

Combate à Homofobia
Grupo atua há 21 no combate à homofobia em Roraima – Foto: Band/Roraima

Segundo o presidente do grupo DiveRRsidade, Sebastião Diniz, o preconceito ainda é o maior obstáculo em Roraima.

“O maior número de procura é por conta da exclusão social, da afirmação de sua identidade de gênero e de conflitos diversos. No entanto, o que mais está acometendo essas pessoas é a questão do preconceito, seja na escola, na família ou, principalmente, no mercado de trabalho”, conta Diniz.

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Sebastião Diniz – Presidente do Grupo DiveRRsidade – Foto: Band/Roraima

Através de campanhas, eventos e manifestações, o Dia Mundial contra a Homofobia serve como um poderoso lembrete da importância de lutar pelos direitos humanos e assegurar que todas as pessoas possam viver suas vidas com dignidade e segurança, independentemente de quem amam ou como se identificam.

No Brasil, uma das principais dificuldades no combate à homofobia é a falta de estatísticas oficiais.

Isso impede uma compreensão completa da magnitude do problema e dificulta a formulação de políticas públicas eficazes para proteger a comunidade LGBTQIAPN+.

Apesar da defasagem de dados, alguns levantamentos oferecem um panorama da realidade enfrentada por essas pessoas.

De acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB), a ONG LGBT mais antiga da América Latina, e que também atua no combate à homofobia, o Brasil registrou 257 mortes violentas de pessoas LGBT+ em 2023.

Desses números de mortes, 127 eram travestis e transgêneros; 118 eram gays; 9 eram lésbicas; e 3 eram bissexuais. Assim, esses números alarmantes destacam a urgência de ações concretas para combater a violência e a discriminação no país.