A TV Norte Amazonas, do Grupo Norte de Comunicações (GNC), continuou, nesta quinta-feira (18), a rodada de entrevistas com os pré-candidatos à Prefeitura de Manaus. O quadro “Norte Eleições 2024” recebeu o ex-deputado federal e empresário Marcelo Ramos (PT).

A ordem dos entrevistados foi realizada previamente a partir de um sorteio. A primeira pergunta feita pela jornalista Samira Benoliel ao empresário foi: “Por que se candidatar à Prefeitura de Manaus?”.   

Segundo o pré-candidato, ele vive atualmente um momento de tranquilidade ao lado da família. No entanto, decidiu sair da zona de conforto por três razões: a primeira delas é a falta de nomes com capacidade para discutir e debater os principais problemas da capital amazonense.  

“Eu saio da minha zona de conforto para colocar no centro do debate sucessório os problemas da cidade de Manaus”, afirma Ramos.  

Ele destacou que a segunda razão para se candidatar tem relação com interesses pessoais, por ser natural de Manaus. O pré-candidato também relembrou que possui experiência em cargos eletivos na região como vereador, deputado estadual e deputado federal. “Eu devo minha vida a Manaus”, diz.  

O terceiro motivo para disputar a Prefeitura de Manaus seria o convite que recebeu do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para ser o nome lançado pelo partido na capital amazonense.  

Alinhamento e empréstimo  

Ao ser questionado sobre a aproximação com o PT, e por ter apoiado nomes políticos da direita, como o atual prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), Marcelo Ramos afirmou que tem “um posicionamento firme” e que “não se nega a ajudar Manaus”, independente de quem estiver no comando da cidade.  

“Quem tiver mandato, eu ajudo Manaus quem quer que seja. Em relação ao prefeito David, entre os candidatos que existiam [nas eleições de 2019], ele era o melhor. Agora tem um melhor que ele: sou eu”, diz Marcelo Ramos.   

Em relação ao pedido de empréstimo da Prefeitura de Manaus de R$ 580 milhões, Marcelo Ramos afirmou que a Justiça não pode determinar se a Câmara Municipal de Manaus (CMM) pode ou não realizar a votação.  

O pedido foi barrado pela Justiça no último sábado (13). No entanto, na quarta-feira (18), outra decisão judicial liberou a votação na Casa Legislativa. Ao mesmo tempo, para Ramos, o ponto central é que Manaus necessita de investimentos.  

“A cidade de Manaus precisa de recursos. Há um questionamento na Câmara dos vereadores de que não há clareza na execução desses recursos. Se não há clareza, o empréstimo não deve ser concedido”, ressalta.  

Para o pré-candidato, o Executivo “administra mal” a relação com os vereadores da Câmara. Ele destaca que é necessária uma relação harmônica e independente entre a Casa Legislativa e a administração pública.

IPTU

Nos minutos finais, a entrevista conduziu uma dinâmica de sabatina por meio do sorteio de temas. Marcelo Ramos sorteou “O que acontece se eu não pagar o IPTU em dia?” e “Quais são os principais impostos municipais no Brasil?”.  

Ainda de acordo com Ramos, para Manaus avançar é preciso de gestão e estabelecer um planejamento de metas. Ele avalia que hoje as secretarias não possuem qualquer plano de definição de parâmetros.  

“Hoje não temos critérios de avaliação de governo. Os prefeitos não apresentam planos de governo, caderno de metas e encargos. Você não tem um instrumento para avaliar se a gestão dele está sendo boa ou ruim. As pessoas acabam se ligando ao candidato por simpatia, e não por critérios objetivos na avaliação da gestão”, afirma Ramos.  

Ao fim, o pré-candidato escolheu cuias que pediam que ele indicasse nomes para “servir um tacacá”, que representa os alinhamentos políticos na intenção do pleito.