O ministro das Cidades, Jader Filho, recebeu de empresários do setor de habitação, nesta segunda-feira (15), diagnóstico e propostas para acelerar a construção de unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV) na Região Norte.

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De acordo com o documento, o déficit habitacional no Norte do país é proporcionalmente superior ao das demais regiões. Enquanto no Brasil, em média, 2,9% da população não tem moradia, na região Norte essa proporção é de 4,2%.

“Nosso plano é que sempre seja justa a divisão de recursos do PAC”, disse. “A criação do MCMV Cidades visa uma ação conjunta com governos de estados e prefeituras para mostrar tudo o que isso pode trazer, tanto em geração de emprego, diminuição de desigualdades sociais e redução de déficits habitacionais”, afirmou o ministro.

Sobre o estudo apresentado pelos empresários, o Jader Filho concluiu que “o Ministério das Cidades tem um dever de casa muito grande para fazer, atuando junto com a CBIC, para estabelecer prazos para cumprir as recomendações baseadas nos estudos que foram apresentados”, afirmou. “Fica aqui esse compromisso”.

A diretora de Habitação da Caixa, Inês Magalhães, considerou a necessidade de aprofundar a análise nas características locais. “As pessoas do Norte, por exemplo, têm a característica de consumir mais materiais de construção para construir suas casas em seus próprios terrenos em vez de comprar uma casa ou um apartamento pronto”, disse.

REGIONALIZAÇÃO

Os empresários da construção civil, a partir do estudo “Diagnóstico da Região Norte: Desafio e Perspectivas”, apontam a regionalização do programa e um tratamento diferenciado às regiões menos desenvolvidas do país como uma das soluções para incrementar o MCMV.   Segundo o estudo, o Norte e o Nordeste têm maior proporção do déficit habitacional, menor renda e maior nível de informalidade no trabalho.

Além desses entraves, afirmam que os custos de produção são mais altos e os valores teto do programa poderiam ser mais elevados. Outra demanda dos empresários é a adoção de um padrão construtivo ajustado às realidades regionais, respeitando as exigências mínimas de desempenho das habitações.