Os povos indígenas carregam importantes elementos culturais, étnicos e, também, turísticos em nosso país.
A realização, por parte desta população, de iniciativas que aliam o Turismo ao resgate da cultura indígena, à preservação do meio ambiente e à geração de renda para as comunidades, têm sido cada vez mais comuns no país.
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O turista pode conhecer um pouco mais da história e tradição dos povos indígenas.
Terra Indígena Tenondé Porã
E neste rol não poderia faltar a Terra Indígena Tenondé Porã, uma comunidade com 7 aldeias, situada no extremo sul da cidade de São Paulo (SP).
Por lá, o Turismo Sustentável e de Base Comunitária são utilizados como forma de valorização e fortalecimento cultural, dissolução de preconceitos e preservação das matas.
Seguindo estas premissas, o roteiro oferta aos visitantes a rotina da aldeia indígena com mutirões agroecológicos, entre outras atividades.
Além disso, o destino possui diversos atrativos naturais e trilhas ao longo de seu território, como é o caso do rio Capivari, principal curso d’água que atravessa as terras indígenas.
São aproximadamente 16 quilômetros de percurso com diversas cachoeiras, corredeiras e áreas de remanso.
Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira
No Nordeste, encontramos em Porto Seguro (BA) a Reserva Indígena Pataxó da Jaqueira, situada a cerca de 10 km do centro da cidade.
Composta por mais de 30 famílias, o atrativo é um prato cheio para quem gosta de viagens regenerativas, com contato com a natureza e com a cultura local.
Entre as atividades possíveis aos turistas estão:
- Caminhada pela Mata Atlântica;
- Demonstração de tipos de armadilhas usadas para captura de pequenos animais;
- Arremesso de arco e flecha;
- Ritual de confraternização com música e dança;
- E finalmente a degustação de peixe assado na folha de patioba.
Nos passeios com pernoites são incluídos banhos de rio, oficinas de artesanato e luau.
Parque Nacional do Xingu
Os turistas também podem encontrar atividades turísticas em terras indígenas no Centro-Oeste do país.
O Parque Nacional do Xingu, em Mato Grosso, é um excelente destino para isso
O local abriga 15 tribos e quatro grupos linguísticos, com crenças, rituais e cerimônias que são ótimas experiências
Destacam-se, por exemplo, a aldeia dos Waurá e Trumai, que recebem os seus visitantes com danças típicas dessas etnias, além das histórias/lendas indígenas e, claro, do cotidiano das aldeias que vivem ao sul da nossa rica Floresta Amazônica. É ou não é imperdível?
Comunidade Indígena Raposa 1
Para finalizar o nosso roteiro, selecionamos a Comunidade Indígena Raposa 1, localizada no estado de Roraima.
A região iniciou a atividade turística em 2019 e já é reconhecida por conta do trabalho de conscientização que foi feito pelos moradores da região sobre a importância do turismo para o desenvolvimento do local.
Os turistas podem realizar roteiros de etnoturismo, onde são apresentadas as histórias dos indígenas, as principais lendas, gastronomia, bebidas e tradições; e de ecoturismo, em que o visitante aproveita as belezas naturais da comunidade, como as cachoeiras, trilhas na região e banhos nas cachoeiras e lagos.
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É importante destacar que todas as iniciativas de etnoturismo e de ecoturismo em terras indígenas são disciplinadas pela Instrução Normativa Nº 3 da Funai.
De acordo com a fundação, as comunidades indígenas têm autonomia para desenvolver projetos de turismo em seus territórios, cabendo ao poder público o papel de monitorar e fiscalizar as atividades nas aldeias.
As visitações são agendadas com os próprios representantes das comunidades ou agências de turismo autorizadas por eles.