A ministra Marina Silva declarou estado de emergência ambiental em regiões do Amazonas por risco de incidências de queimadas.

A medida anunciada pela gestora, que está à frente da pasta do Meio Ambiente e da Mudança do Clima, vai vigorar nas mesorregiões do estado.

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Além disso, as ações serão realizadas, de forma estratégica, em períodos diferentes em cada região.

A portaria foi divulgada, nesta segunda-feira (6), no Diário Oficial da União (DOU), e passará a valer a partir do dia 14 de março.

Estado de emergência e o verão amazônico

A estratégia de ações acompanha o calendário climático da região, dando ênfase ao ‘verão amazônico’.

Entre abril a novembro a medida emergencial foca no Sudoeste e Sul do Amazonas, compreendendo mais de 20 municípios.

Municípios do Sudoeste do Amazonas

Borba, Boca do Acre, Novo Aripuanã, Apuí, Pauini, Tapauá, Canutama, Humaitá, Lábrea e Manicoré.

Municípios do Sul do Amazonas

Atalaia do Norte, Amaturá, Benjamin Constant, Carauari, Eirunepé, Envira, Guajará, Juruá, Jutaí, Santo Antônio do Içá, Tabatinga, Tonantins, Itamarati, Ipixuna, São Paulo de Olivença e Fonte Boa.

Já entre maio a dezembro a medida foca no Centro e Norte do estado, compreendendo a capital, Manaus, e municípios da Região Metropolitana.

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Queimadas na Amazônia

No início do mês de agosto, do ano de 2022, a floresta Amazônica registrou mais de 33.000 focos de incêndio, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

O número foi o segundo pior já registrado desde 2010, onde foram registrados 45.018 focos de incêndio.

O alto volume de focos de incêndio refletiu nas cidades, como no caso de Manaus, que amanheceu, no dia 20 de agosto, coberta por fumaça.

Fumaças em Manaus em agosto de 2022

Segundo a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (Sema), o fenômeno estava relacionado às queimadas na Floresta Amazônica.

Apesar dos períodos mais quentes influenciarem em focos de incêndio, pesquisas apontam culpa humana.

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Queimada às margens da rodovia BR230 no município de Apuí, Amazonas. Foto: Wikimedia/Bruno Kelly/Amazônia Real.

Em 2022, uma pesquisa, publicada na revista científica PeerJ Life & Environment, apontou desproporção em incidência de queimadas.

A pesquisa destaca que a quantidade de queimadas em biomas que não tem condições climáticas favoráveis a incidência de fogo, como a Amazônia, foi semelhante à quantidade em biomas com condições favoráveis.

*Sob supervisão de Francisco Santos