O ministro das relações institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que as declarações do presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que comparou Israel com o Holocausto, foi “um grito de protesto” contra a violência que acontece em Gaza.

Padilha ressaltou que a fala não foi voltada ao povo judeu, mas sim ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.

“O presidente deixa claro o posicionamento em relação a Netanyahu e à sua postura histórica enquanto presidente da República neste momento de defesa de Israel, da existência do Estado de Israel e à relação que ele sempre teve com a comunidade judaica aqui no Brasil. Ficou claro”, disse Padilha durante entrevista no programa Roda Viva da TV Cultura.  

O ministro disse que o “grito de protesto” de Lula também foi reforçado pelo ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, e pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja.  

“A primeira-dama fez questão de fazer uma postagem correta, deixa claro. Vamos analisar de fato qual foi o sentimento que moveu o presidente naquele momento,” enfatizou Padilha.  

Veja o posicionamento da primeira-dama no “X”:  

Ao ser questionado se o presidente Lula pediria desculpas por suas declarações, Padilha respondeu que “se tem uma coisa que Lula precisa pedir para Netanyahu é o cessar-fogo”.  

Pedido de impeachment  

Alexandre Padilha também comentou sobre o pedido de impeachment contra Lula feito pela oposição, mais de 100 parlamentares assinaram o documento, inclusive partidos da base aliada do presidente. 

“Esse pedido de Impeachment não vai progredir (…) de tão desqualificado que ele é, como outros que já aconteceram também não progrediram.” disse Padinha  

Nesta terça-feira (20), parlamentares da oposição devem anunciar oficialmente o pedido de impeachment contra Lula. De acordo com o grupo, as alegações de Lula configuram crime de responsabilidade de acordo com o artigo 5° da Constituição Federal.     

O anúncio será feito no Salão Verde da Câmara dos Deputados, às 17h30.