Está nas mãos do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, a proposta da Secretaria Nacional de Segurança Pública de enviar a Força Nacional para ajudar no desastre do Rio Grande do Sul. A atuação priorizará ações de resgate e salvamento, e está apenas aguardando o aval do presidente Lula (PT).
O número de mortos em decorrência dos temporais que atingem o estado desde segunda subiu para 24 nesta quinta-feira (2). Vinte e uma pessoas seguem desaparecidas.
Ao todo, 147 cidades registraram transtornos, como inundações, quedas de barreiras e deslizamentos de terra. As áreas mais atingidas são as regiões Central, dos Vales, Serra e Metropolitana de Porto Alegre.
Rompimento de barragem
Ainda nesta quinta-feira ocorreu o rompimento parcial da barragem 14 de julho, localizada entre Cotiporã e Bento Gonçalves, na Serra do Rio Grande do Sul. “O efeito não vai ser de uma devastação, enxurrada, mas vai ter o curso livre do Rio Taquari”, afirmou o governador Eduardo Leite (PSDB).
A orientação do governo do RS é que moradores de municípios próximos, a partir de Santa Bárbara, busquem regiões mais altas.
Dados da Defesa Civil informam que 67,8 mil pessoas foram atingidas pelos efeitos do mau tempo. 14,5 mil moradores fora de casa. Desses, cerca de 4.600 estão em abrigos e outros 9.900 estarão na casa de familiares ou amigos.
Lula visita a região
Lula e uma comitiva de ministros desembarcaram hoje em Santa Maria (RS) para reunião de trabalho com o governador do estado, Eduardo Leite, que classificou a situação como o pior desastre climático da história do Rio Grande do Sul.
“Tudo que estiver no alcance do governo federal, seja através dos ministros, seja através da sociedade civil ou seja através dos nossos militares, vamos dedicar 24 horas de esforço para que a gente possa atender as necessidades básicas do povo que está isolado por conta da chuva”, disse Lula, após a reunião.