Nesta segunda-feira (22), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva cobrou seus ministros por mais agilidade e participação em articulação com o Congresso Nacional.

As falas de Lula foram feitas durante lançamento do programa Acredita, com medidas de crédito para pequenos negócios, que aconteceu em Brasília.

Lula pediu que o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), fosse mais ágil com as negociações com o Congresso e que Haddad, ministro da Fazenda, ficasse mais horas conversando no Senado.

“O Alckmin tem que ser mais ágil, tem que conversar mais. O Haddad, em vez de ler um livro, tem que perder algumas horas conversando no Senado e na Câmara”, disse Lula.

Desgaste com presidente da Câmara

A cobrança do presidente Lula vem em meio ao desgaste do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, que faz as negociações com o Legislativo.

Lira e Padilha trocam farpas após votação no Congresso. Foto: Lula Marques/ Marcelo Camargo- Agência Brasil

Lira tem criticado atuação do ministro Alexandre Padilha desde fim de 2023 e chamou o ministro de “incompetente”. Além disso, Lira afirmou que Padilha é seu desafeto pessoal.

Deputados afirmam que Lira considerou uma interferência do governo Lula nas articulações sobre votação da manutenção da prisão de Chiquinho Brazão.

“Pautas-bomba”

Nesta semana, Lula deve se encontrar com Lira e também com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para negociar as pautas que estão tramitando no Congresso e que podem ser uma “derrota” para o governo, caso sejam aprovadas.

Essas propostas que tramitam no Congresso podem gerar impacto de 70 bilhões nos cofres públicos e frustrar os planos do governo Lula de zerar o déficit.

Entre elas está a proposta que traz aumento para juízes, promotores e procuradores, a desoneração dos municípios e dos 17 setores.