O prefeito de Maceió, João Henrique Caldas (PL), disse que o poder público municipal está fazendo um levantamento sobre os impactos do afundamento da mina 18 da Braskem no bairro do Mutange, na capital aloagoana, que pode romper a qualquer momento.
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O boletim da Defesa Civil divulgado neste domingo (3), às 9h, informava que o movimento do solo nas últimas 24 horas foi de 10,8 centímetros.
O prefeito disse que enviará o levantamento ao governo federal porque vai precisar da ajuda da União para reconstruir as casas do bairro cujas estruturas foram danificadas.
Caldas disse que já destacou R$ 10 milhões “para fazer frente “às necessidades de urgentes na cidade de Maceió.
“Estamos também sofrendo com o déficit habitacional que foi catapultado com toda a demanda que estamos vivendo agora. Conversei com o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) em relação a isso, para podermos viabilizar uma Medida Provisória”, disse, acrescentando que isso já aconteceu em 2010, quando ocorreram as enchentes em Alagoas.
À época, destacou o ministro, o governo federal, comandando pelo presidente Lula ajudou na reconstrução de 19 mil moradias.
“Essa estratégia funcionou bem e as cidades, um total de 22 puderam se reerguer”, disse.
O prefeito disse também que já foram arrecadadas 15 mil cestas básicas para as famílias removidas de suas casas por conta do risco de colapso da mina, 5 mil quilos de kits de higiene pessoal, 3 mil kits de limpeza, 5 mil colchões, 20 mil garrafas de água, contratação de aeronaves e aquisição de coletes salva-vidas.
O coordenador-geral da Defesa Civil de Maceió, Abelardo Nobre, há pouco afirmou que o processo de afundamento na mina da Braskem é “irreversível”.
“Agora precisamos aguardar para ver o que vai acontecer. Pode haver uma estabilização ou um rompimento de vez”, disse.
Nobre lembrou ainda que os trabalhos de fechamento das minas vizinhas à mina 18 seguem interrompidos por falta de segurança aos trabalhadores.
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