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Norte tem pior índice de perda de água potável entre macrorregiões, diz estudo

Norte expõe pior índice de perda de água potável entre macrorregiões

Para solucionar o problema, é fundamental que o país busque ter um programa estruturado de redução de perdas com investimentos, como também agilidade na identificação e conserto de vazamentos, diz estudo. Foto: Reprodução/ Freepik

A região Norte apresenta perda de 51,16% da água tratada no Brasil, de acordo com estudos feitos pelo Instituto Trata Brasil.

O estudo apresenta uma contextualização para entender os impactos dessas perdas.

O Norte do país abriga mais de 18 milhões de habitantes, em que 40% da população ainda vivem sem acesso à água potável, de acordo com dados no Painel Saneamento Brasil.

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O relatório evidencia a ineficiência do país no desperdício de água potável, e mostra que mais de 40% do recurso é perdido.

Esse valor equivale a cerca de 8 mil piscinas olímpicas de água tratada perdidas diariamente.

PERDAS NA DISTRIBUIÇÃO POR MACRORREGIÃO (2021)

Fonte: SNIS/ Reprodução Instituto Trata Brasil

Somente no Amazonas, o índice de perdas é de 53%.

Os estados do Amapá e Acre possuem os maiores índices, com 74,84% e 74,44%, respectivamente.

Os dois menores índices, menores que a médica nacional, pertecem ao Pará, com 37,36%, e Tocantins, com 35,49%.

Dentre os sete estados da região, cinco perdem mais da metade do recurso hídrico.

A pesquisa também avaliou o indicador de perdas por ligação, uma vez que ele tende a aumentar quanto maior for o volume de água produzido ou quão maior for a taxa de ocupações das residências.

PERDAS VOLUMÉTRICAS (L/LIGAÇÃO/DIA) POR MACRORREGIÃO (2021)

Fonte: SNIS (2021)/ Reprodução Instituto Trata Brasil

O pior desempenho foi observado pela região Norte, com quase o triplo do nível aceitável de 216L/ligação/dia.

A região Centro-Oeste foi a que mais se aproximou do valor, e as três outras regiões apresentaram índices que oscilam entre 300 e 350 L/ligação/dia.

Redução da perda de água potável

O estudo do Instituto Trata Brasil aponta que a redução no volume de perdas hídricas resultaria em benefícios socioeconômicos e ambientais para o país.

Um exemplo disso seria a maior oferta do recurso para os 33 milhões de habitantes que ainda sofrem com a ausência de água, em todo país.

Para o meio ambiente, a redução dessas perdas resultaria a disponibilidade de mais água para a população sem a necessidade de captação em novos mananciais.

A eficiência de perdas está diretamente atrelada à universalização do saneamento.

O Brasil tem como meta estabelecida para 2034 alcançar 25% em perdas na distribuição.

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