Ícone do site Portal Norte

A oito anos da meta 80%, esgotamento sanitário cresce e atende 26% de Manaus

Esgotamento sanitário cresce em Manaus e chega a 26% da capital - Foto: Divulgação/Águas de Manaus

Esgotamento sanitário cresce em Manaus e chega a 26 - Foto: Divulgação/Águas de Manaus

O esgotamento sanitário na cidade de Manaus segue com um dos grandes desafios da capital, que atingiu nesse ano 26% de cobertura.

A concessionária Águas de Manaus, responsável pelo serviço, disse ao Portal Norte nesta semana que a meta é chegar a 80% até o ano de 2030, como prevê o contrato.

A empresa afirma que nos últimos anos conseguiu elevar em 40% a cobertura da metrópole. Foi esse avanço que resultou no salto de 19% para 26%.

+ Envie esta notícia no seu WhatsApp

+ Envie esta notícia no seu Telegram

Dados do esgotamento sanitário em Manaus

Atualmente, Manaus conta com mais de 700 quilômetros de esgoto.

Diariamente são tratados mais de 50 milhões de litros de esgoto, dando destinação a efluentes e evitando despejo na natureza.

A previsão é que Manaus chegue a 45% de cobertura até 2025. Daí em diante, o trabalho será alcançar os 80% estipulados na contratação do serviço.

“Somos a cidade brasileira que mais avançou em coleta total de esgoto no Brasil, tendo mais do que dobrado o número de ligações de esgoto no período. Hoje, a estrutura de esgotamento atende aproximadamente 500 mil moradores, mas temos capacidade de atender bem mais. No entanto, precisamos que as pessoas de conectem ao sistema”, destacou o diretor-executivo da Águas de Manaus, Diego Dal Magro.

Processo de tratamento do esgoto

O processo de tratamento de esgoto consiste em captar a água utilizada nas residências como água de banheiro, pias, cozinha e levá-la até uma estação de tratamento, para que os resíduos sejam tratados e devolvidos à natureza de maneira correta.

O sistema de esgotamento sanitário operado atualmente pela Águas de Manaus possui uma extensão superior a 800 quilômetros de redes coletoras associadas a 76 estações de tratamento de esgoto e 76 elevatórias, subdividindo-se em dois sistemas:

Um que abrange o centro da cidade e partes dos bairros Educandos, Morro da Liberdade, Santa Luzia e adjacências, que é chamado de sistema integrado, e outro formado por vários sistemas isolados dispostos ao longo de toda a cidade, como é o caso de vários conjuntos habitacionais, residenciais que possuem o serviço operado pela concessionária.

Estações de esgoto em Manaus – Foto: Divulgação/ Águas de Manaus

Em julho de 2018, foi inaugurada a Estação de Coleta e Tratamento de Esgoto da Timbiras (ETE/Timbiras), beneficiando diretamente os moradores das etapas 1 e 2 da Cidade Nova e adjacências, zona Norte.

No local foram realizados serviços de extensão e substituição da rede coletora de esgoto; construção e ampliação de estação elevatória de esgoto e linha de bombeamento; construção e ampliação de estações de tratamento de esgoto.

RELACIONADAS

+ Vazamento de rede de distribuição deixa bairros sem água em Manaus

+ Saneamento reduz a desigualdade social, diz presidente do BNDES

+ STF aprova Marco Legal do Saneamento

+ Casas alagam durante rompimento de tubulação na Zona Leste de Manaus

+ Seca castiga interior do AM, e Tefé enfrenta escassez de água potável

Taxa e polêmica

Em entrevista ao Portal Norte, o presidente da comissão de Água e Saneamento da Câmara Municipal de Manaus (CMM), Eduado Alfaia (PMN) ressalta que o avanço do saneamento na capital também é cercado de polêmica quando o assunto é pagamento de taxa.

“Essa problemática relacionada ao saneamento é uma faca de dois gumes. A gente pressiona a empresa por falta de saneamento, e ao mesmo tempo somos pressionados pela população quando a empresa entra com os serviços, porque contratualmente a empresa pode cobrar a tarifa de 100% em cima do valor da taxa da água. Essa é uma das discussões que estamos sempre travando”, relatou.

O assunto sobre taxa já foi levado pela comissão até a empresa. O presidente da comissão defende que o custo poderia ser menor.

“Temos que levar em consideração que temos percentuais baixos no esgoto. Se colocar uma tarifa dessa [100% em cima do valor da água] é muito oneroso. É um tema delicado, que deve ser tratado e conversado. É uma necessidade da população e sou um defensor que não seja 100%, que se baixe esse valor”, declarou.

Segundo Alfaia, a Águas de Manaus respondeu a comissão que o valor cobrado está no contrato da concessão da água e leva em conta o alto custo da implantação das estações de tratamento de esgotos e tubulações.

Manaus cresce no abastecimento de água e saneamento básico nos últimos anos – Foto: Divulgação/Águas de Manaus

Sair da versão mobile