O avião Halo, jato alemão de pesquisa, está em Manaus desde quinta-feira (1) para início de uma missão de 50 dias na Amazônia.

O objetivo é estudar a interação da floresta com a alta atmosfera a até 15 km de altitude.

A aeronave pertence ao Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR) e realiza pesquisa com 80 cientistas, com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), segundo O Globo.

O projeto tem custo de US$ 20 milhões e é financiado em grande parte pela Sociedade Max Planck, a maior instituição de pesquisa alemã.

Envie esta notícia no seu Whatsapp

Envie esta notícia no seu Telegram

Não é a primeira vez que o avião de pesquisa alemão realiza pesquisa na Amazônia, em 2014, o Halo e outra aeronave realizou quase 200 horas de voos na região.

Os voos tiveram com o objetivo de estudar o que ocorre com a pluma de poluição emitida pela região metropolitana de Manaus, e descobrir para onde vão as partículas, como elas interagem com compostos emitidos pela floresta tropical e como afetam as propriedades das nuvens na região.

Pesquisa na atmosfera da Amazônia

A partir deste domingo (4), a aeronave do Centro Aeroespacial da Alemanha (DLR) vai passar 50 dias sobrevoando a Amazônia a até 15 km de altitude para estudar a interação da floresta com a alta atmosfera.

O objetivo dos cientistas é coletar amostras de ar nessa altitude para entender a formação dos agregados de aerossóis que provocam a chuva na floresta e entender como ela interage com o Atlântico.

Halo

O nome Halo é um acrônimo de High Altitude and Long Range Research Aircraft, Aeronave de longa autonomia e grande altitude.

Com o sobrevoo, o grupo esperam preencher uma lacuna de dados no entendimento da atmosfera sobre a florestas, que já é bem mapeada por satélites e por dados coletados por aviões em altitudes menores.

RELACIONADAS

+Pesquisa cria instrumento para medir impacto do envelhecimento na vida de ribeirinhos

+ Desmatamento cai 41% em outubro em unidades de conservação do AM

Cientistas

O projeto envolve cerca de 80 cientistas, que estão instalados em uma base improvisada no aeroporto internacional de Manaus.

No lado brasileiro, a iniciativa é coordenada pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), pela Universidade de São Paulo (USP) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

No lado alemão a inciativa é do Instituto Max Planck de Química. As instituições já são parceiras em outro projeto na Amazônia, a torre de pesquisa ATTO, a mais alta estrutura construída na América do Sul.

A instalação também será usada agora para complementar as medidas do Halo.

O projeto também envolve a Universidade Estadual do Amazonas (UEA), que participa do projeto com um barco científico.

Coleta de dados

Os dados serão coletados pelo arsenal de instrumentação científica que o avião carrega a bordo.

Entre seus 19 equipamentos especiais estão um espectrômetro de massa e um cromatógrafo, usados para identificar a composição de gases.

O avião tem sensores para medir a presença de gases relevantes na interação do solo com a atmosfera, como o metano, o CO2 e o monóxido de carbono, bem como ozônio, oxido nitroso e outros compostos

Todo esse equipamento foi montando dentro de uma aeronave projetada originalmente como um jato comercial para 19 passageiros.