O mês de novembro marca o início da eclosão de quelônios e tracajás no interior do Amazonas.
Esse período é acompanhado por equipes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e alunos da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Eles percorrem nove comunidades dos municípios de Careiro Castanho e Autazes.
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Diferentemente do que acontece em outras etapas do Programa Quelônios da Amazônia (PQA), o manejo nessas localidades exige a transferência dos ovos.
Em situações normais, eles são marcados e vigiados na própria praia.
No entorno de Manaus, onde os ninhos são feitos em barrancos ou longe da areia, é necessária transferi-los para evitar roubos ou depredações, por exemplo.
Eclosão de quelônios
A maioria dos ninhos são de tracajá, com entre 25 e 30 ovos em média. Conforme o sucesso do manejo, a taxa de nascimento pode alcançar 95%.
Na primeira fase, realizada em agosto passado, os ovos foram transferidos para chocadeiras artificiais.
Esses equipamentos ficam sob os cuidados de moradores das comunidades. O tempo de incubação é de 90 dias.
Em novembro, o PQA/AM deu início à etapa final.
As covas são abertas para checagem de nascimentos e verificação das medidas biométricas: comprimento e largura da carapaça e plastrão, altura e peso dos filhotes.
Depois, a equipe retorna a cada uma das nove comunidades: Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, Pacatuba, Ramal do Mamori, Santo Antônio, São Pedro, Tucunaré, Pirainha, Tracajá e Brasil 2, sendo as quatro últimas de Autazes.
Até a manhã do dia 23 de novembro, nasceram 1.236 filhotes, sendo 9 tartarugas e 1.227 tracajás.
O monitoramento do Ibama é feito por Mayara e Renan Paiva, ambos coordenados pelo técnico ambiental do Ibama, Walmir Alves Nogueira.
No Amazonas, o acompanhamento da eclosão se estende pelas calhas dos rios Juruá, Japurá, Negro e Solimões, entre outros leitos.
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