O Governo do Amazonas, através da Defesa Civil, intensifica medidas preventivas para a estiagem de 2024 e promove o uso racional de recursos naturais, como água e energia, para a população de municípios em áreas de risco.

As ações visam minimizar os efeitos da estiagem, cujas previsões para este ano são de que seja semelhante ou pior que a de 2023, que já foi histórica.

O secretário da Defesa Civil, coronel Francisco Máximo, destacou a importância de que essas instruções sejam adotadas especialmente por moradores de áreas de risco.

“Há uma probabilidade de ter uma estiagem, e temos o compromisso de levar recomendações necessárias para que a população possa estar preparada, tendo aí uma atenção especial para as pessoas que moram em área de risco e os mais vulneráveis. Temos que consumir de forma racional os recursos e evitar desperdícios”, disse.

Orientações para estiagem 2024

As principais orientações para o enfrentamento dos efeitos da estiagem em 2024 são, segundo o Governo do Amazonas:

  • Manter-se informado: ficar atualizado com informações oficiais sobre a estiagem e alertas de emergência. Seguir sempre as orientações das autoridades locais para a segurança própria e a da comunidade.
  • Uso racional de água e energia: desligar aparelhos quando não estiverem em uso e optar por lâmpadas de baixo consumo para economizar energia. Além disso, recomenda-se armazenar água potável, fechar as torneiras, consertar vazamentos e reutilizar a água sempre que possível.

Planejamento para diminuir efeitos

O Governo do Amazonas está implementando a dragagem dos rios e a instalação de um píer provisório para atracação de navios como medidas para enfrentar a estiagem prevista para 2024. A Defesa Civil do Estado descreve o cenário como “preocupante”.

Medições batimétricas (medição da profundidade dos rios) na Enseada do Madeira e na região do Tabocal mostram uma redução de dois metros na profundidade em comparação ao ano passado.

Em resposta, o Governo emitiu licenças ambientais para a dragagem dos rios Madeira, Amazonas e Solimões. O píer provisório, por sua vez, pretende eliminar a necessidade de retorno das embarcações nos locais onde o nível da água é mais baixo.

Esta última medida, no entanto, é emergencial e prevê a falta de tempo hábil para a dragagem dos rios, apesar da antecipação.

O que é dragagem dos rios?

A dragagem envolve a remoção de sedimentos, como areias e outros materiais, do leito dos rios para facilitar a navegação e evitar encalhes com a estiagem severa, como mostram as projeções para 2024.

A dragagem ambiental, focada na remoção de sedimentos contaminados por compostos orgânicos e inorgânicos, exige procedimentos rigorosos durante a operação, transporte e manejo do material retirado. Existem quatro tipos principais de dragagem:

  1. Implantação/Aprofundamento: Atende ao crescimento portuário, permitindo a recepção de navios maiores e a maior profundidade dos canais de navegação.
  2. Manutenção: Mantém a profundidade local da água, que diminui gradualmente devido ao assoreamento, assegurando a navegabilidade e a realização de manobras seguras.
  3. Mineração: Destinada à extração de minerais com valor econômico, frequentemente associada ao garimpo.
  4. Recuperação Ambiental: Limpa áreas contaminadas, utilizando equipamentos especializados para minimizar a suspensão de materiais.

Estas medidas são essenciais para garantir a navegabilidade dos rios durante a estiagem e proteger as comunidades locais.