O assassinato da artista Julieta Hernández, conhecida como Palhaça Jujuba, deve mudar de latrocínio para feminicídio.

A princípio, o caso era tratado como um latrocínio, que é o roubo seguido de morte. Porém, nesta terça-feira (11), a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) reforçou o pedido do Ministério das Mulheres.

Julieta Hernández desapareceu no dia 23 de dezembro do ano passado, enquanto viajava de bicicleta pelo Brasil. No dia 6 de janeiro, o corpo dela foi encontrado em um matagal e um casal confessou que a estuprou, assassinou e a queimou.

O Ministério das Mulheres afirmou em nota que “expressa apoio à ação articulada pela União Brasileira de Mulheres (UBM) e pelos familiares de Julieta Hernández (…) para que o crime seja reconhecido como feminicídio”.

A família da artista, assim como deputados e autoridades, segundo a TV Norte, solicitam a reclassificação dos crimes de estupro e latrocínio para feminicídio.

Eles assinaram um documento enviado ao Tribunal de Justiça e Ministério Público solicitando a requalificação do crime.

“A violência contra Julieta Hernandez apresenta características de um crime misógino e xenófobo, de ódio à artista circense como mulher e como migrante”, reforçou o Ministério das Mulheres.