As queimadas no Acre resultam em uma grave crise de qualidade do ar nesta quinta-feira (12), com índices considerados “péssimos”.
O aplicativo Sistema Eletrônico de Vigilância Ambiental (SELVA) revela que as concentrações de partículas variam entre 128 e 333 micrômetros por metro cúbico (µg/m³) no estado.
Na capital, Rio Branco, os níveis de poluentes estão entre 120 e 186 µg/m³. Outras cidades também enfrentam altos índices, como:
- Cruzeiro do Sul: 205 µg/m³ (classificação “péssimo”);
- Vila do Incra: 152 µg/m³ (classificação “péssimo”);
- Jordão: 146 µg/m³ (classificação “péssimo”);
- Santa Rosa do Purus: 147 µg/m³ (classificação “péssimo”);
- Sena Madureira: 64 µg/m³ (classificação “ruim”);
- Xapuri: 60 µg/m³ (classificação “ruim”);
- Manoel Urbano: 59 µg/m³ (classificação “ruim”); e
- Feijó: 51 µg/m³ (classificação “ruim”).
Os níveis atuais atingem a classificação “péssimo” quando os poluentes estão entre 125 e 160 µg/m³. A classificação “ruim” abrange índices de 50 a 75 µg/m³.
Governo suspende aulas em 7 municípios devido à fumaça
A Secretaria de Educação do Acre anunciou a suspensão das aulas em sete municípios devido à elevada concentração de fumaça no ar. O secretário de Educação, Aberson Carvalho, justificou a medida como uma ação necessária para proteger a saúde de estudantes e profissionais da educação.
Além disso, representantes de diversas secretarias e instituições se reuniram para discutir medidas que visam melhorar a qualidade do ar.
Seca e queimadas no Acre
Na terça-feira (10), representantes das secretarias e do Gabinete de Crise de Seca e Estiagem 2024 do governo do Acre se reuniram na Casa Civil para discutir estratégias para melhorar a qualidade do ar.
O encontro contou também com a presença de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e de várias instituições ambientais.
A secretária do Meio Ambiente, Julie Messias, enfatizou a importância do Centro Integrado de Geoprocessamento e Monitoramento Ambiental (Cigma). Este centro monitora os focos de queimadas e a qualidade do ar, fornecendo dados cruciais para decisões governamentais.
“Entendemos que a situação no Acre pode se prolongar, e por isso estamos buscando alternativas para mitigar os danos. Portanto, consolidar os dados de cada eixo de atuação é fundamental para que possamos trabalhar juntos na análise e combate aos fatores que prejudicam a qualidade do ar. Já temos um plano emergencial, voltado para proteger a saúde da população e, ao mesmo tempo, minimizar os impactos ambientais”, disse Julie.
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