O juiz Geildson de Souza Lima, da 7ª Zona Eleitoral de Codajás, cassou nesta quinta-feira, 7, o mandato do prefeito de Codajás, Antônio Ferreira dos Santos, e do vice, Cleucivan Gonçalves Reis, por abuso de poder econômico, corrupção eleitoral e captação ilícita de recursos.
O prefeito e o vice ficarão inelegíveis por oito anos.
Além dos gestores, três pessoas identificadas como Jozenilson Lopes Pontes, Francimara Penha Freitas e Marcos Rodrigues da Costa também foram declarados inelegíveis.
Ambos são investigados por uso de dinheiro ilícito durante a campanha eleitoral, além da compra de votos e outros crimes.
O coordenador da campanha Jozenilson Pontes foi preso em 2020 suspeito de armazenar e distribuir cestas básicas estragadas para eleitores.
De acordo com a Justiça Eleitoral, mais de 230 cestas foram apreendidas durante o pleito eleitoral.
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O prefeito, o vice e os cúmplices poderão responder por crime organizado. Os autos do processo foram enviados ao Ministério Público Eleitoral e ao Ministério Público do Amazonas.
Denúncia
Conforme a denúncia, Jozenilson e Francimara levantaram dinheiro por meio de uma associação de pescadores para ser utilizado ilicitamente na campanha eleitoral, na compra de votos e em gastos não declarados.
Jozenilson também é investigado de distribuir dinheiro em espécie aos eleitores, telhas para coberturas de casas e brinquedos.
Cleucivan Gonçalves Reis, o vice-prefeito, é investigado por distribuir cestas básicas, bolas e outros bens em troca de votos. O vice prometeu aos eleitores cargos públicos em troca de apoio político.
Emenda Parlamentar
Em entrevista em abril deste ano para o Portal Norte de Notícias, Jozenilson explicou que a verba das cestas básicas vieram de emenda parlamentar da prefeitura e que os alimentos não foram distribuídos durante a eleição.
“Na verdade, as cestas eram para ser distribuídas pelo prefeito entre os meses de julho a setembro, mas o dinheiro da emenda só veio cair em outubro, quando compramos os alimentos. Mas com a eleição próxima, e para que não se configurasse compra de votos, decidimos guardar os produtos, bem embalados, na casa da minha mãe, no município, para que fossem distribuídos após as eleições”.
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