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Estiagem coloca 12 municípios do Amazonas em estado de emergência; veja fotos

Seca na orla de Atalaia do Norte no Interior do Amazonas - Foto: Divulgação/ Defesa Civil do Município Foto: Divulgação/ Defesa Civil do Município

Seca na orla de Atalaia do Norte no Interior do Amazonas - Foto: Divulgação/ Defesa Civil do Município

A estiagem está fazendo com que novos municípios declarem situação de emergência no Amazonas. São 12 localidades nessa condição até a manhã desta sexta-feira (21).

A seca dificulta a vida no interior do estado, mais gravemente ainda em cidades como Atalaia do Norte, Careiro da Várzea, Envira, Itamarati, Jutaí, Manaquiri e Tonantins.

Elas se juntam a outros cinco municípios que declararam a mesma realidade dias atrás.

Veja abaixo como está a situação em todo o Amazonas até a manhã desta sexta.

O Portal Norte ressalta que os números apresentados foram apurados junto ao Diário Oficial dos Municípios (DOM), em diferentes datas, e confirmados com a Defesa Civil de cidades aqui mencionadas.

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Estiagem no Amazonas

Atalaia do Norte

Em Atalaia do Norte, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 60 dias na segunda-feira (17) pelo prefeito em exercício Marco Antonio Rojas de Paiva (PSC), e divulgada no Diário Oficial dos Municípios (DOM) desta quarta-feira (19).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, Atalaia do Norte tem 20.868 habitantes.

Em maio, o município já havia declarado situação de emergência por 180 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 6.231 pessoas nas zonas urbana e rural.

Já a seca afeta 8.912 pessoas nas zonas Urbana e Rural do município.

De acordo com a Assessoria de Comunicação de Atalaia do Norte, a estiagem já afeta a educação, saúde e causa isolamento nas comunidades.

Na educação o principal prejuízo é na logística de entrega de material didático e merenda escolar para as aldeias indígenas e ribeirinhas, além de atendimentos nas comunidades.

Na saúde, o problema mais frequente é a dificuldade de remoções para Tabatinga. Além disso, a chegada de materiais como medicamentos e insumos estão muitos prejudicados, tendo em vista que os barcos de linha não estão chegando ao município.

Assim como em muitos municípios do interior do Amazonas, muitas comunidades estão isoladas por conta da seca do rio.

“No social há dificuldade de atendimentos nas comunidades por conta da logística”, informou a gestão em nota.

Veja fotos de Atalaia do Norte

Careiro da Várzea

No Careiro da Várzea, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 60 dias nesta quarta-feira (19) pelo prefeito Prefeito Duarte Guedes (PSD), e divulgada no Diário Oficial dos Municípios (DOM) desta quinta-feira (20).

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) de 2021, Careiro da Várzea tem 31.459 habitantes.

Em abril, o município já havia declarado situação de emergência por 120 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 21.613 pessoas nas zonas urbana e rural.

No decreto não informa a quantidade de pessoas afetadas, porém informa que há comunidades em isolamento e perda de plantações.

“A seca já causa isolamento de comunidades, o alto número de pessoas afetadas pelo desastre registrado e relacionado à estiagem, os danos humanos e econômicos como a perdas em plantações e criações de animais e outros, há necessidade de adoção de providências imediatas capazes de minorar os prejuízos e evitar o comprometimento da segurança do patrimônio e da população que residem próximo das áreas afetadas”, diz um trecho do DOM.

Os distritos e comunidades encontram-se isolados devida a grande estiagem ocasionando a falta de água potável para a população.

Por conta da vazante dos rios, acaba ocorrendo o fenômeno das terras caídas, que causa prejuízo na educação do município.

“Por conta das terras caídas, há grande risco de desmoronamento nas escolas municipais Frei Isidorio localizada no Paraná da Terra-Nova, e na escola Franscisco Roque Filho, localizada no Murumurutuba”, revela parecer técnico da defesa civil.

Veja vídeo de Careiro da Várzea

https://youtu.be/gdafoZ7Rt14

Envira

Em Envira, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 90 dias nesta quinta-feira (20) pela prefeito Paulo Ruan Portela Mattos (PL) divulgada no DOM desta sexta-feira (21).

Segundo dados do IBGE de 2021, Envira tem 20.748 habitantes.

Em abril, o município já havia declarado situação de emergência por 180 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 5.331 pessoas nas Zonas Urbana e Rural.

De acordo com o decreto, o município vem sofrendo com seca extrema dos Rios Envira, Tarauacá Alto e Baixo e Juruá, no perímetro urbano e rural.

“Na sede do município há áreas comprometidas pela estiagem, principalmente, na área da cidade de difícil acesso de mercadoria”, diz um trecho do DOM.

Envira já sofre com danos e prejuízos econômicos, sociais, humanos, materiais e ambientais irreparáveis.

“O fenômeno de estiagem dizima as plantações e criações de animais, essenciais no sustento básico das famílias, além de dificultar o acesso fluvial às comunidades rurais, e a distribuição de alimentos e materiais básicos”, finaliza o decreto.

Itamarati

Em Itamarati, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 180 dias nesta quarta-feira (19) pela prefeito em exercício, Maqcgarles Brito Lobo (PSC), divulgada no DOM desta sexta.

Segundo dados do IBGE de 2021, Itamarti tem 7.777 habitantes.

Em abril, o município já havia declarado situação de emergência por 180 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 6.128 pessoas nas Zonas Urbana e Rural.

A estiagem já afeta mais 750 famílias, além de afetar o transporte de mercadorias e alimentos.

“O Rio Juruá e seus afluentes são os meios de transporte que conduzem 99% de todos os produtos e mercadorias consumidas pelos habitantes no município, e que na condição que se encontra seu nível atual não atendem 10% do usual. Com isso já ocorre vários danos. Mais de 750 famílias têm suas residências afetadas diretamente pela estiagem”, diz um trecho do DOM.

A seca dos rios tem afetado também no trabalho diário, na pesca, e assistência às comunidades ribeirinhas.

Jutaí

Em Jutaí, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 180 dias nesta quarta-feira (19) pela prefeita interina, Mercedes Mendes Vargas (PROS) divulgada no DOM desta quinta.

Segundo dados do IBGE de 2021, Jutaí tem 13.462 habitantes.

Em maio, o município já havia declarado situação de emergência por 180 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 9.426 pessoas nas Zonas Urbana e Rural.

“A estiagem do Rio Solimões, Jutaí e seus afluentes, já apresentam reflexos em todas as localidades de Zona Rural e Zona Urbana da cidade”, diz um trecho do decreto.

O secretário da Defesa Civil, Iury Rocha informou que os dados de pessoas e comunidades afetadas ainda estão sendo contabilizadas, e que em breve será enviado para o Portal Norte.

Veja fotos de Jutaí

Manaquiri

Em Manaquiri, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 90 dias nesta terça-feira (18) pelo prefeito Jair Souto (MDB) divulgada no DOM desta quarta.

Segundo dados do IBGE de 2021, Manaquiri tem 33.981 habitantes.

Em maio, o município já havia declarado situação de emergência por 180 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 17.664 pessoas nas Zonas Urbana e Rural.

A Assessoria de Comunicação do Município não informou ao Portal Norte a quantidade de pessoas, comunidades, famílias afetadas pela seca. Também não foi informado os prejuízos causados pela estiagem.

Veja fotos de Manaquiri

Veja vídeo da seca em Manaquiri

https://youtu.be/hzfeIbPbI14

Tefé

A seca no Amazonas já castiga mais de três mil pessoas em Tefé, a 522 km de Manaus. Muitos já sofrem com a falta de água potável.

Segundo dados do boletim de monitoramento do Serviço Geológico do Brasil (CPRM) divulgado na sexta-feira (14), a vazante na bacia do Rio Solimões está em processo de vazante e no limite inferior da zona da normalidade.

Já na Bacia do Rio Purus, os níveis em Beruri também se encontram inferiores da zona de normalidade.

Levantamento realizado terça-feira (18) pela Defesa Civil do Amazonas, através do Centro de Monitoramento e Alerta (Cemoa), o estado tem 3 municípios em situação de normalidade, 17 municípios em estado de atenção, 3 em estado de emergência e 39 em situação de alerta.

Tonantins

Em Tonantins, a situação de emergência por conta da estiagem no município foi declarada por 180 dias no dia 26 de setembro pelo prefeito Francisco Sales de Oliveira (Republicanos) divulgada no DOM desta quinta.

Segundo dados do IBGE de 2021, Tonantins tem 19.038 habitantes.

Em abril, o município já havia declarado situação de emergência por 180 dias em meio a subida dos rios. A cheia na cidade afetou 6.846 pessoas nas Zonas Urbana e Rural.

A seca já atingia em agosto deste ano 23 comunidades nas áreas rurais e parte da Zona Urbana do município, os moradores sofriam principalmente com a falta de água potável para supri às necessidades humanas e animais.

Os níveis do volume de água nas lagoas e açudes no município estão bem próximo ao crítico.

” Levantamento e consultas realizada pelo município junto aos produtores rurais, estima queda na produção causada pela estiagem na safra 2021/2022. Além disso, algumas famílias no meio rural, estão sem água potável para consumo humano”, diz um trecho do DOM.

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Municípios em Situação de Normalidade

Calha do Médio Amazonas: Presidente Figueiredo, Rio Preto da Eva

Calha do Madeira: Apuí

Municípios em Situação de Atenção

Calha do Rio Negro: Santa Isabel do Rio Negro, São Gabriel da Cachoeira, Barcelos, Novo Airão e Manaus.

Calha do Médio Amazonas: Itapiranga, Silves, Itacoatiara, Urucurituba, Boa Vista do Ramos e Autazes.

Calha do Baixo Amazonas: Ucucará, Nhamundá, São Sebastião do Uatumã, Parintins, Barreirinha e Maués.

Municípios em Situação de Alerta

Calha do Juruá: Guajará, Ipixuna, Envira, Itamarati, Eirunepé, Carauari, Juruá;

Calha do Purus: Boca do Acre, Pauini, Lábrea, Canutama, Tapauá, Beruri;

Calha do Madeira: Humaitá, Apuí, Manicoré, Novo Aripuanã, Borba, Nova Olinda do Norte;

Calha do Alto Solimões: Atalaia do Norte, Tabatinga, São Paulo de Olivença, Amaturá, Santo Antônio do Içá e Tonantins;

Calha do Médio Solimões: Jutaí, Fonte Boa, Japurá, Maraã, Uarini, Alvarães e Coari;

Calha do Baixo Solimões: Codajás, Anori, Anamã, Caapiranga, Manacapuru, Iranduba, Manaquiri, Careiro Castanho e Careiro da Várzea.

Municípios em Situação de Emergência

Calha do Médio Solimões: Tefé e Uarini.

Calha do Alto Solimões: Benjamin Constant.

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