O Amazonas está em situação de emergência em virtude da seca dos rios no estado. É o que anunciou o governador Wilson Lima (União Brasil), nesta sexta-feira (29).
A estiagem deste ano já é uma das mais severas. Até o momento, 19 municípios estão em situação de emergência. Dos 62 municípios, somente dois estão em estado de normalidade.
O decreto será publicado nesta sexta no Diário Oficial do Estado (DOE).
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Comitê de crise
O governador também instalou o Comitê Intersetorial de Enfrentamento à Situação de Emergência Ambiental, com medidas para amenizar os prejuízos devido à estiagem no Amazonas.
Entre as medidas anunciadas, estão o envio de 50 mil cestas básicas e insumos.
O estado também vai adiantar o edital do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) para beneficiar agricultores de 56 municípios.
Estão suspensos a necessidade de licença ambiental para perfuração de poços nos municípios que já declaram situação de emergencial.
Os restaurantes populares terão isenção de pagamento em todos os municípios que estão em situação de emergência.
Até o momento, 2.200 alunos não estão conseguindo ter acesso às aulas no Estado. Para amenizar a situação, o estado está montando uma estrutura para que os alunos possam ter acesso aos conteúdos didáticos e à merenda escolar.
Seca no AM
Nesta manhã, o rio Negro atingiu a cota 15,88 metros em Manaus.
A seca nos rios do Amazonas afeta, atualmente, 27.765 famílias, conforme dados divulgados na última quarta-feira (27).
Ainda conforme o órgão, ao todo, até a presente data, 174,7 mil pessoas sofrem as consequências da estiagem.
Conforme a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados e Contratados do Amazonas (Arsepam), 90% das 136 embarcações que atuam nas 116 linhas no estado operam com algum tipo de restrição, implicando no transporte de 50% da capacidade de cargas e apenas 45% do total de passageiros.
Dos 62 municípios, 59 dependem do transporte hidroviário.
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