Um homem foi preso na terça-feira (12) suspeito de ser responsável por queimadas que destruíram cerca de 326 hectares de terras públicas na Amazônia. A prisão do suspeito, que não teve a identidade divulgada, foi realizada pela Polícia Federal (PF).

A prisão ocorreu durante a operação Incendiário, deflagrada em Novo Aripuanã, interior do Amazonas.

Na ação de combate ao desmatamento ilegal, agentes cumpriram um mandado de busca e apreensão na residência do suspeito, localizada na área das queimadas.

A polícia apreendeu cinco celulares, uma arma de fogo, um notebook e inutilizou três motosserras.

Durante as buscas, agentes da PF localizaram o suspeito dirigindo na BR-230, entre os municípios de Apuí e Humaitá. Eles o abordaram e o suspeito acabou preso pelo crime de queimadas e desmatamento na Amazônia.

De acordo com a Polícia Federal, a investigações começaram com diligências para monitorar alertas de desmatamento e queimadas.

Com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), a equipe identificou as seis áreas de maior desmatamento no sul do Amazonas. Isso os levou ao suspeito.

Queimadas na Amazônia

Em 2024, as queimadas na Amazônia atingiram níveis preocupantes, sendo impulsionadas por uma combinação de fatores climáticos e de ação humana.

Desde o início do ano, satélites e alertas de monitoramento detectaram mais de 50 mil focos de incêndio na Amazônia, principalmente na região do “Arco do Desmatamento”. Esta área inclui o sul do Amazonas, além de partes de Rondônia e Pará, que estão entre as regiões mais afetadas pelas queimadas.

Os principais fatores são a seca extrema, intensificada pelo desmatamento.

Contudo, o desmatamento na Amazônia apresentou uma queda de 45,7% no período de agosto de 2023 a julho de 2024, em comparação ao período anterior.

O total de área desmatada foi de 4.315 km², frente aos 7.952 km² registrados no ciclo de 2022-2023, conforme dados do sistema de monitoramento Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

No entanto, os desafios continuam, e o combate ao desmatamento ilegal e às queimadas permanece essencial para preservar a Amazônia e mitigar suas consequências globais.