Uma entregadora denunciou ter sido alvo de disparos ocorridos por um policial militar enquanto trabalhava na noite da última quinta-feira (5), na avenida Constantino Nery, em Manaus.

O caso ocorreu após o veículo onde o policial estava atingir a motocicleta da vítima, na avenida São Jorge, zona Oeste da cidade.

As vítimas identificadas como Samila, que conduzia a moto, e Rafaela, que estava na garupa, relataram o ocorrido em entrevista à TV Norte Amazonas nesta terça-feira (10).

Acidente

Conforme elas, o caso começou na avenida São Jorge, na zona Oeste, quando o carro atingiu a motocicleta que estavam.

“O condutor bateu na nossa moto, mas em nenhum momento baixou o vidro ou pediu desculpas. Quando ele bateu, não indicou que ajudaria. No calor do momento, disse que eles deveriam prestar atenção”, disse Rafaela.

Policial militar persegue entregadora

As vítimas relataram que, após a colisão, o carro começou a persegui-las, tentando se aproximar.

“Ele conseguiu chegar do nosso lado, apontou a arma com o carro em movimento e mandou encostar. Na segunda vez, disparou a arma, e Samila perdeu o controle. No hospital, ela contou que ouviu o disparo, que a visão ficou turva e que foi nesse momento que caímos debaixo do viaduto da Constantino Nery”, relatou Rafaela.

Na ocasião, Samila fraturou o braço e sofreu ferimentos no rosto, enquanto Rafaela machucou a perna durante a queda.

Rafaela também disse que, naquele momento, acreditaram que se tratava de um assalto, já que o homem não se identificou como policial.

“Ele desceu do carro, mas não disse que era policial. Só confirmou isso quando a gente começou a pedir para chamar a polícia. A Samila começou a gritar dizendo que ele havia atirado e ele confirmou dizendo ‘Atirei, sim’”, contou.

Vítimas

Ainda segundo as vítimas, o suposto policial militar não prestou socorro à entregadora nem à outra vítima e fugiu do local no carro, em Manaus.

Vídeos gravados por outros motociclistas que pararam para auxiliar as vítimas registram o momento em que o homem confirma ser policial e ter realizado os disparos de arma de fogo.

As vítimas sofreram lesões e afirmaram estar traumatizadas pelo ocorrido. Elas pedem que o caso seja investigado e que o responsável, seja responsabilizado.

A reportagem entrou em contato com a Polícia Militar e aguarda resposta.